Como todos os romances, também o de Juan Carlos e Sofía teve um início. Tudo começou há precisamente 57 anos quando o então jovem príncipe pediu a mão da princesa grega em casamento.
Conta-se que o pai de Felipe VI atirou uma caixa com o anel de noivado lá dentro e esperando uma reação da futura companheira disse-lhe simplesmente “Apanhe, Sofía”. Horas depois do ‘sim’ da jovem grega, ambas as famílias posaram pela primeira vez para uma fotografia na companhia dos noivos no hotel Beau Rivage, em Lausanne, na Suiça.
“O príncipe Constantino da Grécia anunciou oficialmente ontem o casamento da sua irmã, a princesa Sofía, com o príncipe D. Juan Carlos de Borbón, filho de D. Juan e neto do rei Afonso XIII”, pode ler-se nas edições da imprensa internacional da época.
A imprensa espanhola fez do assunto capa. O perfil traçado da então princesa grega destaca “os seus olhos doces e melancólicos”, a sua paixão pelo desporto e a comprovada linhagem monárquica.
Nem a imprensa portuguesa passou ao lado deste acontecimento: o secretário dos Condes de Barcelona no Estoril fez uma declaração para confirmar o namoro entre os dois príncipes com a permissão e aprovação do então chefe de Estado, o general Francisco Franco, que tinha sido oficialmente informado por Dom Juan de Borbón horas antes.
Depois de um casamento notável a 14 de maio de 1962, que teve lugar em Atenas, na Grécia, os recém-casados instalaram-se em Madrid, tornando-se mais tarde reis- O casamento entre os dois não foi o conto de fadas que Sofía certamente estaria à espera no dia em que deixou a sua terra natal, com a sombra das relações extraconjugais do marido a ensombrar a relação.