De Palma de Maiorca para Alcalá de Henares: este foi o percurso que fizeram os reis de Espanha desde domingo, quando marcaram presenças nas celebrações religiosas acompanhados pelas filhas, Leonor e Sofia, e pela rainha emérita Sofía, até esta terça-feira, quando presidiram à cerimónia de entrega do Prémio Cervantes, que este ano reconheceu o mérito da poetisa uruguaia Ida Vitale.
O palco foi o auditório da Universidade de Alcalá de Henares e a cerimónia contou com a presença da Vice-Primeira-Ministra Carmen Calvo, e do Ministro da Cultura e do Desporto, José Guirao.
Ida Vitale, 95, fez-se acompanhar pela filha e duas das suas netas. No seu discurso, lugar para recordar o marido, falecido há três anos: “Sem ele não teria feito muitas das coisas que fiz, ele sempre me ‘empurrou’ e me incentivou a fazer as coisas“.
A poetisa recebeu a medalha de Cervantes, obra do escultor Julio López, das mãos do reu Felipe VI, que encerrou o evento com um discurso onde não deixou de evocar os dramáticos atentados no Sri Lanka, responsáveis pela morte de mais de 300 pessoas, incluindo dois espanhóis.
Ida Vitale é a quinta mulher a receber o mais importante prémio da literatura espanhola e latino-americana.