O rei Alberto da Bélgica entregou, na manhã da passada terça-feira, uma amostra de ADN nos laboratórios designados pelo tribunal de Bruxelas.
A decisão foi divulgada pelo advogado do monarca, Alain Berenboom. Em causa está o caso Delphine Boël, a mulher que levou o rei a tribunal, alegando ser sua filha.
O tribunal tinha já imposto a Alberto um pagamento de cinco mil euros diários à mulher até este aceitar fazer o teste de ADN, sentença que deverá ter sido o mote para a mudança de estratégia da defesa do monarca.
Os resultados deste teste permanecerão em segredo absoluto até o tribunal dar ordem em contrário. A decisão não significará obrigatoriamente o fim do caso, já que a sentença estará sujeita a um possível recurso. Em declarações à imprensa belga, o advogado de Delphine Boël, Yves-Henri Leleu, afirmou que a sua cliente se sente “feliz e muito aliviada” pelo passo dado por Alberto da Bélgica, embora tenha enfatizado que o longo processo judicial está a ser “uma fonte de grande sofrimento” para ela.
De salientar que o rei Alberto, de 84 anos, sempre se negou a colaborar com a justiça, recusando fazer os testes para comprovar se é efetivamente ou não pai de Delphine
Outro advogado do monarca afirmou que este caso tem sido muito difícil para Alberto, porque “está a sofrer muito”. “Durante cinco anos tem-se visto acusado por causa de uma história com data de há cinquenta anos. E a sua saúde está longe de estar boa”, declarou.
O processo deu entrada nos tribunais em 2013. No passado mês de novembro, o tribunal obrigou mesmo o rei a realizar os testes de ADN, depois de se provar que Jacques Böel, o homem que está registado como progenitor de Delphine, não é o pai biológico da mulher.