A contribuição de Meghan para a edição de setembro da ‘British Vogue’ não aconteceu sem dar lugar a controvérsias. A duquesa de Sussex aceitou o convite para ser editora da revista, tendo preparado uma lista das mulheres mais influentes da atualidade, na sua opinião.
As homenageadas incluem figuras políticas, celebridades e ativistas que defendem causas como, por exemplo, o positivismo corporal, alterações climáticas e os direitos humanos. Contudo, houve uma ausência que não passou despercebida e tem causado um certo incómodo: Isabel II, algo que foi condenado por muitos cibernautas.
Parte do público também considerou que a capa esconde motivações políticas ao “promover celebridades de esquerda que odeiam Trump,” descreveu o ‘The Sun‘. E a crença ultrapassa os tabloides. Melanie Phillips, comentadora do ‘The Times’, diz que a mulher de Harry escolheu destacar figuras “associadas a causas que são profundamente divisórias,” entre elas Laverne Cox que, no seu ponto de vista, foi incluída na revista porque “é uma ativista pelos transexuais”. Por sua vez, Piers Morgan, colunista do ‘Daily Mail’, afirma que a “estratégia hipócrita, descarada e super alerta para os problemas sociais [em tom de sarcasmo] prova que Meghan se preocupa mais com promover-se do que com a família real ou com a Grã-Bretanha.”
E se os ataques a Meghan podem ser considerados sem precedentes, vermos membros da família real no cargo de editores convidados de publicações ou até mesmo de programas de entretenimento, não. Carlos, Harry, e Kate já colaboraram com diferentes meios de comunicação nos últimos seis anos. No caso específico da British Vogue’, a princesa Ana já foi protagonista em três ocasiões e Diana, em quatro. Já a duquesa de Cambridge foi capa na edição da edição de junho de 2016 e apareceu num editorial que assinalou o 100º aniversário do título.
Kate
A duquesa de Cambridge foi aplaudida quando comandou o Huffington Post UK por um dia, em fevereiro de 2016, para consciencializar a população sobre a saúde mental das crianças. Tal como Meghan, a mulher do príncipe William trabalhou com jornalistas e editores, tendo supervisionado artigos e colunas – uma delas assinada por Michelle Obama – sobre problemas de saúde mental. Além disso, escreveu uma carta pessoal sobre a sua colaboração com a colaboração e aquilo que a motivou.
Príncipe Carlos
O futuro rei de Inglaterra foi editor convidado da revista ‘Country Life’ duas vezes, em novembro de 2013 e em novembro de 2018. Em ambas, não teve medo de abordar assuntos políticos que lhe são próximos, como as alterações climáticas e a agricultura sustentável. Quando repetiu a aventura em 2018, para assinalar o seu 70º aniversário, escreveu uma carta na qual apela a esforços generalizados para preservar o interior do país.
Príncipe Harry
Em dezembro de 2017, o príncipe britânico foi editor convidado do popular programa ‘Today’, da BBC Radio 4, e falou sobre causas que defende, como a saúde mental, o apoio aos membros e veteranos dos serviços das forças armadas e as suas caridades de eleição. O duque de Sussex também já entrevistou Barack Obama e o príncipe Carlos.