A terceira temporada da série “The Crown”, inspirada na vida da coroa britânica, está cheia de polémica. Um dos episódios do enredo dá a entender que Isabel II terá sido infiel ao marido, o duque de Edimburgo, numa relação extraconjugal com o responsável do estábulo dos seus cavalos de corridas, Iord Porchester, que tratava carinhosamente por Porchey.
A notícia parece ter enfurecido o palácio de Buckingham. Muitas foram as vozes que se levantaram para negar esta possibilidade, entre as quais o Dicki Arbiter, ex-acessor de imprensa da rainha de Inglaterra. “Tudo isto me parece de muito mão gosto e totalmente infundado. A rainha seria a última pessoa do mundo a considerar olhar para outro homem que não fosse o seu marido”, escreveu num artigo do “TheTimes”.
E foi mais longe, ao afirmar que “é apenas um mexerico que existe há décadas, mas não tem base. A coroa é uma ficção. Ninguém conhece as conversas particulares que os membros da família real têm, mas, é claro, as pessoas contam sempre a história que desejam para torná-la mais sensacionalista”, conclui.
Em “The Crown”, Isabel II viaja por França e pelos Estados Unidos da América na companhia de Iord Porchester. Uma deslocação que a princípio só iria durar uma semana acabou por prolongar-se durante um mês. A demora no regresso ao palácio fez com que o príncipe Philip suspeitasse de que se trataria de uma aventura.
De acordo com o criador da série, Peter Morgan, em entrevista a uma revista a propósito da forma como fez investigação para criar as histórias em cada temporada, ele e a equipa leem tudo o que lhes é possível sobre a vida das personagens e seleccionam determinados momentos.
“Depois de identificar o que me interessa pedi aos investigadores que vão mais além. Fornecem-me documentos e começo a pensar nas histórias”, revelou. Os criadores de “The Crown” deixaram sempre claro que os fatos que ocorrem na ficção são exatamente isso: ficção. Muitas das tramas baseiam-se precisamente em rumores, enquanto outras refletem fatos comprovados.