Marie-Christine da Bélgica é a primeira filha do rei Leopoldo III e da princesa Lilian, meia-irmã do rei Alberto II e, por isso, tia do rei Philippe da Bélgica. A “princesa desaparecida”, como ficou conhecida, rumou aos Estados Unidos há 40 anos, para não mais voltar a viver na sua terra-natal, rompendo, por sua vontade, todos os laços familiares.
Ninguém voltou a saber do seu paradeiro até 2007, altura em que concedeu uma entrevista ao jornal belga Het Laatste Nieuws. E foi a última vez que se soube do paradeiro da princesa, um mistério resolvido recentemente.
O mesmo jornal para o qual aceitou ser entrevistada foi o responsável por voltar a localizar Marie-Christine, 12 anos depois. Atualmente vive em Sequim, uma pequena localidade de Washington, nos EUA, com cerca de sete mil habitantes.
De salientar que, em tempos, a princesa chegou a afirmar que o melhor para a Bélgica seria a abolição da monarquia, nunca se tendo sentido cómoda em fazer parte da Casa Real. A sua irmã, Esmeralda, foi a única a lutar por manter o contacto com Marie-Christine. No entanto, explicou ao Het Laatste Nieuws que “Marie-Christine não queria manter nenhum contacto nem com a família nem com os amigos do passado”. “É o seu desejo. Diz que tem uma nova vida. Fico triste, mas respeito a sua decisão. Tentei durante quatro anos, mas ela realmente não quer [manter contacto] e não posso obrigá-la”, explicou ainda.
Atualmente, Marie-Christine da Bélgica tem 68 anos e vive com o marido, Jean-Paul Gourgues, numa vivenda numa zona rural, com vista para as montanhas, um imóvel que terão adquirido há cerca de dez anos.