Boas notícias para a princesa Haya da Jordânia, que venceu o confronto em tribunal contra o ex-marido, o emir do Dubai, e conseguiu guarda dos dois filhos menores do ex-casal, Jalila, de 12 anos, e Zayed, de oito.
Apesar de ter tentado que a sentença não fosse tornada pública, Mohammed bin Rashid Al Maktoum não conseguiu evitar que a BBC divulgasse esta quinta-feira, dia 5, o resultado do que se passou naquela sala do tribunal de Londres, na semana passada. “Sequestro, regresso forçado, tortura e de promover uma campanha de intimidação”, são os crimes atribuídos ao sheik.
O tribunal determinou que Al Maktoum é responsável pelo sequestro forçado de duas das suas filhas, Sheikah Shamsa, que fugiu para o Reino Unido em 2000, tendo sido capturada por agentes do emir e devolvida ao seu país, onde permanece retida, e Sheikah Latifa, que tentou fugir em duas ocasiões, em 2002 e em 2018, mas sem sucesso. Depois da primeira tentativa de fuga foi mandada prender pelo pai durante três anos. Da segunda vez foi capturada na Índia e permanece atualmente em prisão domiciliária.
Latifah conseguiu tornar público um vídeo no qual fala sobre os abusos físicos praticados pelo seu pai, equivalente a tortura, um testemunho agora considerado credível pelo juíz. O emir foi também acusado de levar a cabo uma campanha de medo e intimidação contra a princesa Haya,
Todas estas acusações foram feitas pela irmã do rei Abdullah da Jordânia e aceites pelo juíz Andrew McFarlane, do Tribunal de Família de Inglaterra e do País de Gales, que lhe concedeu assim a guarda dos dois filhos.
