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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou formalmente ao Ministério do Interior do Reino Unido autorização para interrogar o príncipe André no âmbito do caso Epstein, que envolve diretamente o magnata acusado de crimes sexuais, que morreu em agosto do ano passado enquanto estava detido em Nova Iorque.
O departamento de Justiça dos Estados Unidos sustenta o seu pedido na recusa do príncipe André em colaborar com a investigação, desde que esta foi aberta. Por esse motivo, surgiu a necessidade de recorrerem a petições formais de forma a obterem permissão para obrigar o príncipe a responder perante a justiça. No entanto, a versão do duque de York é bastante diferente. Esta segunda-feira, dia 8 de junho, através da sua equipa jurídica, o filho da rainha da Inglaterra emitiu uma longa declaração na qual alegou ter-se mostrado disponível para responder a perguntas em três ocasiões diferentes.
“Em janeiro de 2020, a Blackfords LLP e os advogados Clare Montgomery QC e Stephen Ferguson foram encarregados de apoiar Sua Alteza Real o duque de York no seu desejo de cooperar com as autoridades dos Estados Unidos em relação às vítimas do falecido Jeffrey Epstein, caso as autoridades solicitassem a sua ajuda (…) Até ao momento, optámos por não fazer nenhuma declaração pública sobre as nossas conversas com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O nosso compromisso com a confidencialidade não só é considerado uma boa prática no Reino Unido, como também pretende respeitar o compromisso dos EUA com a confidencialidade, conforme o estabelecido nas suas próprias regras, que se aplicam às conversas com potenciais testemunhas”, começa por dizer o comunicado.
“No entanto, à luz de informações falsas da imprensa, devemos ao nosso cliente o poder de emitir esta nota explicativa. Como indica o registo público, o Departamento de Justiça tem investigado ativamente o Sr. Epstein e outros durante mais de 26 anos. No entanto, a primeira vez que solicitaram a ajuda do duque foi a 2 de janeiro de 2020”, continua.
“O duque de York ofereceu a sua presença como testemunha ao Departamento de Justiça pelo menos três vezes este ano. Infelizmente, o departamento reagiu às duas primeiras ofertas violando as suas próprias regras de confidencialidade e alegando que o duque ofereceu colaboração zero. Ao fazê-lo, talvez procurem publicidade em vez de aceitarem a colaboração oferecida”, pode ler-se ainda.