Enquanto os pais forem vivos, e sobretudo a partir dos 18 anos – meta que os reis Máxima e Guilherme, dos Países Baixos, de 49 e 53 anos, estabeleceram para que as suas três filhas entrem em pleno na vida pública –, a princesa Alexia, de 14, surgirá com eles em lugar de destaque. No dia em que a sua irmã mais velha, Amalia, de 16, se tornar rainha, no entanto, tudo isso mudará. Se a irmã lho pedir, Alexia até poderá assumir alguns compromissos reais, mas só se o desejar, pois, apesar de ser a segunda na linha de sucessão ao trono, constitucionalmente não está previsto que tenha funções executivas.
Um papel secundário que não deve ser fácil de aceitar para uma adolescente, embora isso não pareça afetar a relação entre as duas irmãs, que nas fotos em que aparecem juntas, na maioria das vezes também com a irmã mais nova, Ariane, de 13 anos, mostram ser cúmplices e divertir-se juntas.
Exemplo do que poderá acontecer com Alexia foi o que se passou com o príncipe Constantino, de 50 anos, irmão mais novo de Guilherme, quando este subiu ao trono. À exceção de alguns eventos familiares e de um ou outro acontecimento ligado a causas sociais, desde que a mãe, a antiga rainha Beatriz, de 82 anos, abdicou a favor de Guilherme, em 2013, Constantino é visto em público poucas vezes.
O futuro de Alexia – a mais parecida com a mãe fisicamente – é, portanto, uma grande incógnita, pois tem a vantagem de poder ser muito mais livre que Amalia e optar por ter uma profissão e um emprego a seu gosto, enquanto a irmã terá de estudar assuntos relacionados com as suas futuras funções, entre eles a história do seu país e as relações internacionais, e a sua vida será sempre condicionada pelo papel institucional de rainha do seu país. Ou seja, a longo prazo, Alexia, que tenta ser uma jovem como todas as da sua idade, tendo uma página de Instagram com 30 mil seguidores, e que, além disso, gosta de montar a cavalo, jogar hóquei e tocar guitarra e piano, poderá perceber que viver à sombra da irmã não é tão negativo quanto possa parecer.