
O príncipe Harry de Inglaterra e a sua mulher Meghan continuam a dar voz e a prestar apoio à luta contra a injustiça racial, que tem vindo a crescer intensamente devido ao movimento Black Lives Matter, desperto pelo assassinato de George Floyd.
O casal participou recentemente numa videochamada, cujo tema dizia respeito à luta pela igualdade, em conjunto com jovens líderes de todo o mundo ligados ao Queen’s Commonwealth Trust (QCT).
O QCT realizou discussões semanais sobre justiça e igualdade, sendo que na quarta-feira, dia 1 de julho, o duque e a duquesa de Sussex se juntaram à videoconferência onde o tema chave era o preconceito inconsciente.
Harry é ainda o atual presidente do QCT, e Meghan ocupa o cargo de vice-presidente. Ambos mantêm os cargos desde o abandono dos papéis reais.

Na videoconferência, o casal britânico conversou com Chrisann Jarrett, administrador do QCT e co-fundador e co-CEO da We Belong, Alicia Wallace, Ministra da Igualdade das Bahamas, Mike Omoniyi, fundador e CEO da The Common Sense Network e Abdullahi Alim, líder da rede global Shapers do Fórum Económico Mundial de jovens líderes emergentes na África e no Oriente Médio.
Harry afirmou durante a reunião que “não podemos negar ou ignorar o facto de que todos nós fomos educados a ver o mundo de maneira diferente”, acrescentando que “no entanto, quando começamos a perceber que existe esse preconceito lá, é necessário reconhecer que é preciso ter o trabalho para sermos mais conscientes, para ajudar a defender algo que está errado e que não deve ser aceitável na nossa sociedade.”
O casal partilhou a esperança de um futuro promissor, impulsionado pelos jovens e uma nova geração de líderes.
Meghan acrescentou que não é só nos maus momentos que o preconceito se demonstra, até pelo contrário: “é nos momentos mais tranquilos que o racismo e o preconceito crescem e se propagam”.
O duque de Sussex reconheceu que o passado colonial britânico teve um papel de relevo na injustiça: “Quando tu olhas para a Commonwealth, não existe maneira de seguir em frente a não ser que se reconheça o passado. Todos nós sabemos que ainda há muito a fazer. Não vai ser fácil e em alguns casos vai ser desconfortável.”
Harry afirmou ainda que o movimento Black Lives Matter permitiu às pessoas distinguir o bem do mal no mundo, acrescentando que “este é o momento em que as pessoas começam a ser ouvidas”.
O casal disse que faria tudo ao seu dispor para ajudar os mais jovens, e o príncipe fez uma brincadeira com a idade, dizendo que está a envelhecer e que já tem 35 anos, altura em que Meghan o interrompeu para dizer, em tom de brincadeira, que isso não é envelhecer.
Os líderes do QCT também partilharam alguns pensamentos durante a conversa,” Todos nós precisamos de estar nisto a longo prazo, “isto não é uma hashtag“, afirmou Jarret. “Trata-se de ser persistente com a demanda de que a mudança deve chegar e não vamos parar até que ela chegue.”