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Delphine Böel foi finalmente reconhecida como filha de Alberto II da Bélgica no passado mês de janeiro. O rei emérito admitiu, através de um comunicado tornado público por um dos seus advogados, que Delphine era sua filha biológica, colocando assim um ponto final numa batalha que se arrastava já desde a década de 1990.
A artista plástica, de 52 anos, entrou pela primeira vez com um processo em tribunal em 2013, contando com o apoio da mãe, a baronesa Sybille de Selys Longchamps, que sempre afirmou que a filha era fruto de uma relação que manteve com o rei Alberto.
Até agora, Delphine não tinha ainda decidido se queria adotar o apelido do seu pai, Sajonia-Coburgo-Gotha, um nome com mais de mil anos e que é ostentado pela família real belga. No entanto, já terá tomado uma decisão e, através do seu advogado, Marc Uyttendaele, tornou pública a sua intenção não só de usar esse nome, como também de ter um título, afirmando querer os títulos de Alteza Real e Princesa da Bélgica.
“Esses títulos são algo que lhe pertence. A minha cliente nunca teve outra intenção que não fosse a de ser tratada exatamente da mesma forma que os demais. Não é admissível que a senhora Böel não o seja, sendo filha de Alberto II”, afirmou recentemente o advogado.
Já o representante legal de Alberto da Bélgica, Alain Berenboom, defende que a questão dos títulos reais deveria ser decidida pelo Estado e não pelos tribunais. No final do próximo mês de outubro será definido se Delphine irá receber estes títulos, podendo vir a tornar-se Princesa da Bélgica. No entanto, mesmo que estes lhe sejam concedidos, nunca poderá ter qualquer pretensão real, o que significa que, por ser filha ilegítima, fruto de uma relação extraconjugal do rei, não desempenhará nenhum papel dentro da Casa Real belga nem poderá fazer parte da linha de sucessão ao trono, que atualmente está ocupado pelo rei Philip, seu irmão.