Assinalam-se esta sexta-feira, dia 20 de novembro, 25 anos da polémica entrevista que a princesa Diana deu à BBC. No mesmo dia em que a rainha Isabel II e o duque de Edimburgo celebram anos de casados (naquele dia assinalavam o 48º aniversário do enlace), a cadeia de televisão britânica exibia a entrevista que a princesa de Gales tinha dado ao jornalista Martin Bashir e onde a proferiu a famosa frase “Éramos três no casamento, era uma multidão”.
Charles Spencer, irmão de Diana, sempre duvidou dos métodos utilizados pelo jornalista para que conseguisse que a irmã se sentasse em frente às câmaras, tendo conseguido agora que a BBC abrisse uma investigação, depois de ter sido levantada a possibilidade de Bashir ter usado documentos falsos para ‘obrigar’ a princesa a conceder a entrevista, uma suspeita levantada há já vários anos, mas que voltou a ganhar força recentemente.
William foi o primeiro membro da família real a pronunciar-se sobre o processo, através de um comunicado no qual mostra a sua aprovação. “A investigação independente é um passo na direção correta. Deveria ajudar a estabelecer a verdade por detrás das ações que levaram à entrevista e às decisões posteriores que tomaram os membros da BBC nesse momento”, esclareceu.
Esta quinta-feira, a BBC anunciou que contratou Lord Dyson, que foi juiz do Supremo Tribunal britânico, para dirigir uma investigação, depois de a cadeia de televisão ter sido acusada de usar táticas poucos éticas para conseguir que a princesa aparecesse na televisão. “Esta é uma investigação importante que começarei de imediato. Assegurar-me-ei de que serei minucioso e justo”, informou o magistrado, que vai trabalhar em parceria com o escritório de advogados Fieldfisher LLP, por si escolhido.
O diretor geral do serviço público de rádio e televisão do Reino Unido deixou claro que pretendem conhecer a verdade sobre este caso e que publicará o relatório desta investigação assim que esta esteja concluída. Já o jornalista responsável pela entrevista, Martin Bashir, foi recentemente operado ao coração e encontra-se atualmente de baixa médica, na sequência de ter contraído Covid-19, pelo que até ao momento não comentou o caso.