Os reis da Tailândia voltam a estar no centro de uma controvérsia. Depois de há uns dias se ter comentado a exigência de que o séquito que acompanha os monarcas se ajoelha-se em pleno metro, agora fala-se da consequência dessa reverência. O jornalista Andrew MacGregor Marshall destaca as condições da comitiva do rei Maha Vajiralongkorne da rainha Suthida.
Em todos os momentos, os monarcas estão acompanhados por funcionários, que os acompanham em postura de total reverência. Afinal, na Tailândia os reis são tratados quase como se fossem divindaddes, sendo que faltar-lhes ao respeito equivale a duras penas de prisão. Nos atos públicos, é normal ver Maha e a mulher rodeados por funcionários sempre prestáveis e em posição de inferioridade. Tal significa que, muitas vezes, estas pessoas têm de ficar longos períodos de joelhos perante os regentes.
Andrew MacGregor Marshall chama a atenção para as consequências desta postura submissa. Em novas fotografias partilhas no Twitter, o jornalista mostra funcionárias com os joelhos claramente magoados. “Quando o teu trabalho exige que passes muito tempo ajoelhado”, escreveu na legenda.
When your job requires you to spend most of the time on your knees… pic.twitter.com/tvhJH6NIIb
— Andrew MacGregor Marshall (@zenjournalist) November 20, 2020
A publicação causou um forte impacto na rede social. Muitos seguidores do jornalista mostraram surpresa perante as imagens e lamentaram que os funcionários dos reis da Tailândia tivessem de se submeter a tais condições de trabalho que deixam sequelas físicas.
Apesar de os funcionários se ajoelharem perante os dois monarcas, Andrew MacGregor Marshall explica que apenas o rei tem o poder de mudar esta situação. O jornalista recorda que a rainha não tem poder de decisão e que também tem de se submeter às vontades do marido. Para terminar, diz desejar que esta situação mude em breve.