Os acontecimentos mais importantes da sua vida enquanto casal têm sido divulgados através das redes sociais, o que demonstra a intenção dos reis do Butão de abrirem as portas do seu país ao mundo. Na sua mais recente publicação, o rei Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, de 41 anos, e a rainha Jetsun Pema, de 30, voltaram a abrir uma janela da sua vida familiar para partilharem um momento de descontração junto dos filhos, o príncipe herdeiro Jigme Namgyel Wangchuck, de cinco anos, e o príncipe Jigme Ugyen Wangchuck, que completou o seu primeiro aniversário no passado dia 19 de março. E, uma vez mais, os monarcas não esconderam o afeto e a harmonia que os une, o que seria pouco provável acontecer até há bem pouco tempo, já que o Butão sempre foi conhecido por ser um país muito tradicional e fechado, que parecia ter parado no tempo, fruto de séculos de isolamento absoluto do resto do mundo.
Tendo ambos sido educados em algumas das melhores escolas do mundo e com formação na área das relações internacionais – a rainha estudou no Regent’s College, em Londres, e o rei na Universidade de Oxford –, Jigme e Jetsun têm sido comparados aos duques de Cambridge, Kate e William, não só por a rainha do Butão ser plebeia, mas porque têm contribuído para a renovação da imagem da monarquia no seu país.
Os primeiros sinais de mudança surgiram assim que anunciaram o seu casamento. Por ocasião do noivado, o monarca renunciou à poligamia que a lei do Butão lhe permitia, garantindo que Jetsun seria a sua única mulher, e, além de ter falado abertamente do seu amor, nunca se inibiu de lhe dar beijos no rosto ou de a segurar pela cintura perante as câmaras, algo impensável para os seus antecessores, já que as demonstrações públicas de afeto entre casais não eram bem aceites. Apesar de o Butão ser economicamente pouco desenvolvido, os monarcas orgulham-se do alto nível de Felicidade Interna Bruta (FIB) do país, que avalia a satisfação do seu povo.