Ao longo das últimas décadas, a rainha Margarida da Dinamarca tem-se dedicado a desenvolver a sua aptidão para as artes. Assumiu o design de têxteis para igrejas, fez bordados para vestes de bispos, é autora de inúmeras ilustrações de livros, idealizou figurinos para televisão e teatro e tem o seu nome assinado em aguarelas, gravuras, litografias e pinturas, algumas das quais expostas em museus de arte dinamarqueses. Recentemente, aliás, a monarca viu o seu trabalho ser reconhecido quando duas aguarelas que pintou em 1978, para oferecer ao historiador Erik Fisher, foram vendidas em leilão por 5600 euros, um valor quatro vezes superior à base de licitação. As peças, segundo a revista Se og Hør, estavam assinadas na parte de trás com o pseudónimo Ingahild Grathmer e acompanhadas da seguinte inscrição “da parte de Margarida”.
O talento da rainha, que recentemente celebrou o seu 81.º aniversário, parece ser valorizado entre os vários membros da família real dinamarquesa, pelo que, sempre que a ocasião o proporciona, se reúnem para aprender algumas técnicas. Foi precisamente o que aconteceu no último domingo de Páscoa. Cumprindo uma longa tradição, a rainha, que já se encontra protegida do novo coronavírus – foi o primeiro membro da realeza europeia a ser vacinado –, reuniu os príncipes herdeiros, Frederico e Mary, e os quatro filhos do casal, os príncipes Christian, de 15 anos, Isabella, de 13, e os gémeos Vincent e Josephine, de 10, à mesa de uma das salas do Palácio de Marselisborg para uma espécie de workshop de pintura de ovos da Páscoa. O encontro, onde não faltaram tintas pincéis e, claro, conversas animadas, culminou com um passeio pelos jardins do palácio. Momentos únicos, partilhados pela família nas suas redes sociais.