
O livro “Finding Freedom”, uma biografia sobre Harry e Meghan, dá um vislumbre sem precedentes sobre a vida para lá dos portões do palácio. Por exemplo, uma das revelações mais recentes dá conta de que tanto a duquesa de Sussex como Kate tiveram de frequentar um curso intensivo de segurança quando entraram oficialmente para a realeza.
Os autores explicam que completar este curso de proteção é um procedimento comum os elementos da família real, que adquirem competências para lidar com um cenário em que ficasse refém ou de problemas de segurança. E a medida preventiva não é descabida: em 1974, com apenas 24 anos, a princesa Ana sobreviveu a uma tentativa de rapto.
A filha de Isabel II regressava ao palácio de Buckingham de carro, depois de ter participado num evento de beneficência com o marido, o capitão Mark Phillips, quando o Rolls-Royce foi forçado a parar por um veículo que bloqueou o caminho.
O condutor da outra viatura, um homem chamado Ian Ball, começou a disparar tiros, ferindo tanto o chauffeur Alex Callender como o detetive privado James Beaton. De seguida, sentou-se no lugar do condutor e ordenou a Ana que saísse, ao que a jovem princesa terá respondido com a famosa frase “Não me parece muito provável”.
O transeunte Ronnie Russell, um boxista amador, saiu em defesa da vítima e foi condecorado por Sua Majestade com a Medalha de George – o maior prémio civil da Grã-Bretanha por bravura – em novembro de 1974. Na cerimónia, a soberana britânica disse a Russell: “Esta medalha é da rainha, mas eu quero agradecer-lhe enquanto mãe de Ana”.
Numa entrevista de 190 com o apresentador britânico Michael Parkinson, a única filha da monarca e do príncipe Philip falou sobre como se recusou a ceder às exigências de Ball, mesmo quando este a agarrou pelo braço e a atirou para o chão do veículo. “Tivemos uma espécie de discussão entediante sobre onde ou para onde iríamos”, revelou num tom sarcástico e inexpressivo.