No passado mês de fevereiro, os reis Felipe VI e Letizia anunciaram que a princesa Leonor iria ingressar no UWC Atlantic College, no País de Gales, no próximo ano letivo. Poucas semanas mais tarde foi a vez de os reis Guilherme e Máxima da Holanda comunicarem que a sua segunda filha, a princesa Alexia, também iria estudar no mesmo colégio interno.
Se no caso da princesa das Astúrias, a opção tomada pelos reis de Espanha foi uma surpresa, dado que havia diferentes opções em cima da mesa para o futuro de Leonor, no caso da princesa Alexia a decisão já era algo esperada, dado que o seu pai, o rei Guilherme, também estudou naquele colégio. No entanto, e segundo recorda a imprensa holandesa, os motivos que levaram o monarca a estudar naquela instituição terão sido bastante distintos daqueles que poderão ter levado os reis a escolherem esta mesma instituição para a princesa Alexia.
Foi em 1983 que Guilherme ingressou no UWC Atlantic College, uma decisão tomada pelos seus pais, a rainha Beatriz e o príncipe Claus, numa altura algo complicado para o príncipe, segundo explica a imprensa local. Eram grandes as expectativas que se geravam em torno do então herdeiro da Coroa e o elevado volume da trabalho da rainha Beatriz, assim como os longos períodos de depressão do príncipe Claus, levaram o casal a considerar que seria melhor para o filho viver durante algum tempo num ambiente diferente.
De acordo com o testemunho de Paul Gerrestsen, antigo diretor do liceu frequentado pelo príncipe em Haia, citado pelo jornal holandês Algemeen Dagblad, o objetivo era que o príncipe se mudasse para um sítio onde “as expectativas [sobre ele] não fossem tão altas”.
“Surgiu a opção do Atlantic College, mas não era fácil, era algo a que todos os anos dois ou três alunos do liceu tentavam aceder e a Guilherme não lhe foi dada qualquer prioridade”, conta, pelo que o filho mais velho da rainha Beatriz, tal como todos os estudantes, teve que fazer os exames de admissão e esperar pelos resultados.
O final desta história é já conhecida: Guilherme conseguiu uma vaga, tal como o conseguiu agora a sua filha Alexia, e concluiu os seus estudos no País de Gales em 1985, tendo regressado depois à Holanda, onde se licenciou em História pela Universidade de Leiden.