Antes de pertencer à família real britânica, Meghan sempre defendeu causas, marcando a sua posição contra alguns políticos, como Donald Trump. Ao casar-se com Harry, e enquanto cumpriu com os deveres reais, a duquesa de Sussex teve que deixar de parte este seu lado, uma vez que os membros da realeza em funções não devem falar sobre questões políticas.
Agora que já se afastou do núcleo superior da família real e se mudou para os Estados Unidos, o seu país de origem, a duquesa tem voltado, a pouco e pouco, a mostrar as suas convicções e defender causas nas quais acredita. Foi isso que fez esta quarta-feira, dia 20, numa carta dirigida a duas altas figuras, a Presidente da Câmara dos Representes, Nancy Pelosi, e o líder do Senado, Charles Schumer, na qual pede aos líderes do Congresso que seja aprovada uma licença de maternidade e paternidade paga para todos.
“Não sou uma autoridade eleita ou política, sou uma cidadã e mãe comprometida”. É assim que começa a carta, partilhada pela ONG “Paid Leave for All”, onde a duquesa de Sussex refere que nos Estados Unidos os pais enfrentam o desafio de “estarem presentes” ou de ganharem dinheiro. Ao longo de 14 parágrafos, Meghan conta que tanto ela como o marido ficaram muito felizes com a chegada da filha, Lilibet, que nasceu a 4 de junho na Califórnia, mas também “sobrecarregados”.
“Como poucos pais, não fomos confrontados com a dura realidade de escolher entre passar os primeiros meses críticos com a nossa bebé ou voltar ao trabalho”, afirmou, explicando que o casal teve a oportunidade de, após Lilibet nascer, levá-la para casa e dedicar-se totalmente a ela, um luxo que a grande maioria das pessoas não tem.
No entanto, e apesar de agora, aos 40 anos, ter uma vida bastante confortável, que lhe permitiu dedicar-se à filha, Meghan recorda que nem sempre a sua vida foi assim e que começou a trabalhar com 13 anos numa loja de ‘frozen iogurt’, tendo ainda trabalhado como babysitter e servido às mesas. “Trabalhei toda a minha vida e poupei onde e quando podia”, contou, explicando que mesmo assim, jantar fora, por exemplo, era um luxo, porque, por norma, esse montante servia para “pagar as contas, a renda e pôr combustível no carro”.
Recorde-se que além de Lilibet, os duques de Sussex são ainda pais de Archie, de dois anos e meio.