Amalia da Holanda falou recentemente sobre aspetos da sua vida que nunca antes tinham sido tornados públicos. Numa altura em que está prestes a completar 18 anos (celebra-os no próximo dia 7 de dezembro), a princesa de Orange acaba de ver lançada uma biografia sobre a sua vida, cumprindo uma tradição iniciada pela sua avó, a princesa Beatriz, e continuada pelo seu pai, o rei Guilherme.
O livro, “Amalia”, da autoria de Claudia Breij, foi publicado esta terça-feira, dia 16, e para o escrever a autora falou diversas vezes com a princesa, conversas durante as quais Amalia foi revelando alguns aspetos da sua vida, até agora desconhecidos.
Num desses diálogos foi abordado o tema da saúde mental e a princesa não teve qualquer problema em afirmar que recorre a um psicólogo quando necessita. Quando era criança, a princesa de Orange frequentava consultas de psicologia regularmente, algo que continua a fazer atualmente, ainda que de forma esporádica. “Não acho que deva ser um assunto tabu e não há nenhum problema em reconhecê-lo em público. Às vezes tudo se torna demasiado para mim: a escola, os amigos… Se preciso, vou a uma consulta, converso, deito tudo cá para fora e já estou pronta para o resto do mês”, contou, falando depois em particular do caso da sua tia materna, Inés Zorreguieta, que foi encontrada morta em casa, em Buenos Aires, em 2018.
“Acho que falar com um profissional é muito normal, especialmente depois do que se passou com a minha tia”, afirmou. Naquela altura, a investigação concluiu que Inés se suicidou, um episódio trágico que marcou a família.
Recorde-se que esta ideia de escrever um livro sobre o herdeiro ao trono holandês na altura em que completa 18 anos não é algo recente. Em 1985 foi publicada uma obra sobre o atual rei, o então príncipe Guilherme, da autoria de Renate Rubinstein, e em 1955 Hella Haasse publicou “Retrato da princesa Beatriz”, uma obra sobre a então princesa herdeira.