Terminou a batalha legal que opunha Meghan à Associated Newspapers Limited (ANL), detentora do Mail On Sunday. Esta quinta-feira, dia 2 de dezembro, os juízes Sir Geoffrey Vos, Dame Victoria Sharp e Lord Justice Bean emitiram uma decisão conjunta que dá razão à duquesa de Sussex.
Com este veredito foi rejeitado o pedido de recurso do jornal britânico, que em novembro passado contestou a decisão que já tinha sido tomada pelo juiz em fevereiro, que referia que a publicação tinha violado o direito de privacidade de Meghan ao expor, em cinco artigos, o conteúdo de uma carta privada que a duquesa escreveu ao pai, Thomas Markle, e que remonta a 2018.
Sir Geoffrey Vos explicou, após anunciar a decisão, que o jornal britânico poderia ter partilhado um pequeno excerto da carta, mas que não era necessário mostrar grande parte do conteúdo dessa missiva (585 das 1250 palavras que contém) tal como fez o grupo ANL.
A reação de Meghan ao ser conhecido o veredito não se fez esperar. A duquesa enviou um comunicado no qual refere estar feliz e sublinha a importância da sua vitória. “Esta conquista não é apenas minha, mas de qualquer um que já teve medo de defender o que é correto. Embora esta vitória estabeleça um precedente, o que importa é que agora somos coletivamente corajosos o suficiente para renovar uma indústria de tabloides que condiciona as pessoas a serem cruéis e lucra com as mentiras e a dor que elas criam”, começava por dizer o comunicado.
“Desde o primeiro dia tratei este processo como uma medida importante entre o certo e o errado. O acusado tratou-o como um jogo sem regras. Quanto mais se arrastassem, mais poderiam deturpar os factos e manipular o público, transformando um caso simples num caso extraordinariamente complicado, para gerar mais manchetes e vender mais jornais; um modelo que recompensa o caos sobre a verdade. Nos quase três anos desde que isto começou, tenho sido paciente diante do engano, da intimidação e de ataques calculados”, refere ainda.
“Hoje os tribunais decidiram a meu favor, mais uma vez, mostrando que o Mail on Sunday, propriedade de Lord Jonathan Rothermere, violou a lei. Os tribunais responsabilizaram o acusado e a minha esperança é que todos comecemos a fazer o mesmo. Porque, por mais distante isto que pareça da vossa vida pessoal, não é. Amanhã podem ser vocês. Estas práticas nocivas não acontecem uma vez, são um fracasso diário que nos divide, e todos nós merecemos melhor”, conclui a nota.