Oito dias foi o tempo necessário para que o juiz Lewis Kaplan decidisse sobre o futuro legal do príncipe André, no que respeita às acusações de abuso sexual de que foi alvo por parte de Virginia Giuffre no âmbito do ‘caso Epstein’ e que remontam a uma época em que a mulher era ainda menor.
No passado dia 4 de janeiro foi tornado público um acordo confidencial assinado em 2009, no qual o magnata Jeffrey Epstein terá oferecido meio milhão de dólares a Virginia para que esta retirasse a denúncia de abuso sexual que terá sofrido quando era menor. Um documento que a equipa de advogados do príncipe André esperava que servisse para que fossem retiradas as acusações apresentadas pela mulher contra o duque de York. O pacto extrajudicial, segundo refere a imprensa internacional, permanecia em segredo e referia que nenhuma ação legal por parte de Virginia contra Epstein ou outros “potenciais” assinalados poderia ser aceite, pelo que o nome do príncipe André podia estar abrangido neste acordo.
No entanto, parece que os argumentos da equipa de advogados do príncipe não convenceram o juiz, que decidiu que o duque de York terá que ir a julgamento, uma decisão que poderá abalar novamente a Coroa e que senta pela primeira vez um elemento da família real britânica no banco dos réus.
De recordar que desde o início do processo o príncipe tem negado todas as acusações, afirmando ser inocente.