
A decisão já era esperada e acabou por se tornar realidade esta quinta-feira, dia 13: o palácio de Buckingham revelou, através de um comunicado, que o príncipe André perde os seus títulos militares, que regressam, assim, à rainha.
A decisão foi tomada pela própria Isabel II e divulgada um dia depois de se ter ficado a saber que o duque de York irá mesmo a julgamento na sequência da acusação de assédio sexual por parte de Virginia Giuffre, no âmbito do ‘caso Epstein’.
“Com a aprovação e o acordo da rainha, as afiliações militares do duque de York e os patrocínios reais foram devolvidos à monarca. O duque de York continuará a não assumir nenhuma função pública e defende este caso como cidadão privado”, refere o comunicado.
De recordar que no passado dia 4 de janeiro foi tornado público um acordo confidencial assinado em 2009, no qual o magnata Jeffrey Epstein terá oferecido meio milhão de dólares a Virginia para que esta retirasse a denúncia de abuso sexual que terá sofrido quando era menor, um documento que a equipa de advogados do príncipe André esperava que fosse suficiente para que fossem retiradas as acusações apresentadas pela mulher contra o duque de York.
O pacto extrajudicial, segundo refere a imprensa internacional, permanecia em segredo e referia que nenhuma ação legal por parte de Virginia contra Epstein ou outros “potenciais” assinalados poderia ser aceite, pelo que o nome do príncipe André podia estar abrangido neste acordo.
No entanto, esta quarta-feira, dia 12, o juiz Lewis Kaplan decidiu que o príncipe irá mesmo ser julgado pelos supostos crimes de abuso sexual de que é acusado por Giuffre e que remontam a uma época em que esta era ainda menor. De recordar que, desde o início do processo, o príncipe tem negado todas as acusações, afirmando ser inocente. Esta será a primeira vez que um membro da família real britânica se senta no banco dos réus.