Novos dados no caso que liga o príncipe André ao magnata Jeffrey Epstein, que foi acusado de exploração e abuso de menores. O processo iniciado por Virginia Giuffre, que acusa o duque de York de ter abusado dela quando ainda era menor, poderá estar a chegar ao fim, uma vez que está a decorrer na cidade de Nova Iorque e a defesa do príncipe procura a anulação do mesmo, alegando dúvidas sobre o local de residência da denunciante.
De acordo com um documento judicial apresentado esta terça-feira, dia 28, pelo advogado de defesa do duque de York, Andrew Buttler, existem “provas descobertas recentemente” que sugerem que o tribunal de Nova Iorque não tem jurisdição sobre o caso, dado que, neste tipo de litígios, é necessário que o denunciante resida nos Estados Unidos.
O documento apresentado pelo advogado refere que Virginia não é cidadã do Estado do Colorado, como a própria alega na denuncia apesentada, uma vez que, atualmente, tem residência na Austrália, onde viveu durante 17 dos últimos 19 anos. O mesmo documento refere ainda que a denunciante tinha “carta de condução australiana” e “viva numa residência avaliada em 1,9 milhões de dólares australianos em Perth”, segundo refere a imprensa estrangeira. Além disso, refere a nota, seria também aí que “ela e o marido estariam a criar os três filhos“.
O advogado do príncipe André refere ainda que “na realidade, os laços de Giuffre com o Colorado são muito limitados” e afirma ainda que a alegada vítima do príncipe André não vive nesse Estado desde 2019, dois anos antes de fazer a denúncia.
Caso estas alegações venham a ser dadas como provadas, o julgamento seria invalidado, dado que as normas federais não permitem que ambos os envolvidos sejam cidadãos estrangeiros. Os documentos sugerem que Virginia “se registou recentemente para votar no Colorado usando a morada da sua mãe e do seu padrasto”, o que o advogado do príncipe descreve como uma ação “suspeita” e “calculada”. Assim, a equipa jurídica do príncipe considera que “as alegações inconsistentes nas várias ações judiciais e outras evidências documentais da Sra. Giuffre” indicam que “não é cidadã do Colorado” e acrescentam ainda que “o tribunal não tem jurisdição sobre o assunto desta disputa”.