A 29 de julho de 1981 aconteceu o casamento do século XX. O príncipe Carlos, herdeiro do trono britânico, subia ao altar com a jovem, bela e adorada Diana, que viria a ficar conhecida, mais tarde, como “princesa do povo”. Um enlace que, na altura, foi considerado digno de um conto de fadas, mas que hoje se sabe que foi marcado pela infelicidade e traições.
Marc Roche, autor do livro “Isabel II – A Biografia”, recorda o casamento mediático e enaltece que, antes mesmo de acontecer, já estava assombrado pelas dúvidas e hesitações. Como lembra o especialista monárquico, Carlos começou por interessar-se por Diana, mas este entusiasmo esmoreceu ainda durante o período de noivado. “Estou a cometer o erro da minha vida”, terá confidenciado a quem lhe era mais próxima. Perante as dúvidas, perguntou a opinião a duas pessoas de relevo na sua vida: a irmã e o pai.
A princesa Ana “cita-lhe o conselho dado, segundo se diz, pela rainha Vitória às suas filhas na noite de núpcias: ‘Fecha os olhos e pensa na Inglaterra'”, escreveu o especialista no livro. Já o pai, o príncipe Filipe, diz Marc Roche, “dá-lhe uma resposta que resume inteiramente a única preocupação da dinastia: ‘Faça filhos e mantenha-se fiel durante cinco anos. Depois, se o casamento não funcionar, arranje uma amante'”.
A rainha Isabel II também terá tido conhecimento desta preocupação de Carlos. Contudo esta “não quer ouvi-lo”, continua o especialista, afirmando que a monarca esperou que o marido tratasse do assunto.
O casamento aconteceu e terminou em divórcio, assinado em 1996.
Estes e outros factos relacionados com a rainha de Inglaterra são expostos no livro de Marc Roche “Isabel II – A Biografia”.