
O Supremo Tribunal espanhol decretou o arquivo dos processos de investigação que mantinha abertos sobre a fortuna do rei Juan Carlos e que estavam relacionados com as alegadas comissões ilegais que teria recebido pela adjudicação da linha de comboios que ligava Medina a Meca, assim como do suposto uso de cartões ‘black‘ pagos pelo empresário mexicano Allen Sanginés-Krause e da fortuna que teria ocultado na ilha de Jersey.
O Ministério Público de Espanha justificou o arquivamento com as condições de inviolabilidade do antigo monarca enquanto Chefe de Estado – cargo em que se manteve até 2014 -, assim como à prescrição dos supostos crimes. As investigações “não permitem que seja instaurado um processo penal contra Sua Majestade Juan Carlos de Bourbon, em particular devido à falta de provas incriminatórias, ao estatuto de limitação dos delitos e à inviolabilidade” , referia o comunicado do MP espanhol, citado pela agência Lusa.
O advogado emérito do rei, Javier Sánchez-Junco, anunciou esta quarta-feira, 2, que avaliará “na próxima semana” a decisão da Procuradoria do Supremo Tribunal, ao mesmo tempo que se “fará eco das decisões que Juan Carlos I possa tomar”.
Recorde-se que o rei emérito já manifestou em várias ocasiões o seu desejo de voltar a Espanha, pelo que esse regresso poderá estar para breve. O pai de Felipe VI reside em Abu Dhabi desde agosto de 2020, para onde se mudou após serem iniciadas as investigações.