Desde a morte do duque de Edimburgo, no passado dia 9 de abril de 2021, aos 99 anos, muito se tem falado sobre a rainha Isabel II, principalmente sobre o seu estado de saúde, que se tem vindo a notar mais frágil nos últimos meses.
Depois da triste imagem da rainha sentada sozinha durante o funeral do marido, uma medida de distanciamento social imposta devido à Covid-19, ao longo do último ano, a monarca, de 95 anos – completa 96 já no próximo dia 21 de abril – tem assistido a menos atos oficiais presenciais, falhando também a presença em eventos importantes, como o COP26, a cimeira do clima que decorreu em Glasgow no início de novembro, o Remembrance Day, no mesmo mês, e, mais recentemente, as celebrações do Dia da Commonwealth.
Antes disso, a rainha já tinha passado uma noite no hospital King Edward VII, em outubro, uma decisão tomada pela equipa médica que a acompanha, depois de a monarca se ter visto obrigada a cancelar a viagem de Estado à Irlanda do Norte, também por motivos de saúde, segundo informou a Casa Real. “A Rainha aceitou relutantemente o conselho médico para descansar nos próximos dias”, referia a nota.
Após esse período mais delicado, a monarca voltou a marcar presença em alguns eventos públicos e receções, tendo começado a deslocar-se com o auxílio de uma bengala. A primeira vez que usou o objeto foi em outubro, e desde então foi vista com ele em diversos atos oficiais. Foi a própria quem explicou que, com o avançar da idade, já sente algumas dificuldades de locomoção. “Como podem ver, não me consigo mexer”, comentou, durante uma reunião, em fevereiro.
No mesmo mês, os alarmes voltaram a soar quando a Casa Real informou que a rainha não escapou à onda de Covid-19 que assolava a Europa e tinha testado positivo, depois de o príncipe Carlos e a duquesa da Cornualha também terem sido infetados pouco tempo antes. Felizmente, Isabel II sofreu apenas de sintomas ligeiros e após o período de isolamento pôde retomar a sua agenda oficial, tendo recebido presencialmente o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, no início de março.
Mas nem só as questões de saúde afetaram o último ano da monarca. No final do último mês de novembro, a vida política da rainha também sofreu uma alteração. O príncipe Carlos viajou para Barbados para assistir ao momento em que o país deixava de ter Isabel II como Chefe de Estado e se tornava num república, ao eleger como primeira Presidente a então Governadora-Geral, Sandra Mason.
Ainda antes de terminar o ano, em dezembro, a rainha voltou a sofrer duro golpe no que respeita à perda de pessoas próximas (e desta vez duplamente): no início do mês, Isabel II perdia umas das suas mais antigas damas de companhia, Ann Fortune FitzRoy, duquesa de Grafton, que esteve ao seu lado durante cerca de 70 anos. No fim do mesmo mês despediu-se de Lady Diana Farnham, que era também sua dama de companhia há décadas.
Mas nem tudo foi terrível ao longo deste último ano em que deixou de ter o apoio do marido. Ainda em 2021, e já depois da morte do duque de Edimburgo, a família real britânica cresceu duas vezes: primeiro com o nascimento de Lilibet, filha de Harry e Meghan, que recebeu o nome em sua homenagem, e depois com o nascimento de Sienna, filha da princesa Beatrice e Edoardo Mapelli Mozzi, que veio ao mundo em outubro.
Já em 2022 começaram as celebrações de um importante marco no seu reinado: o Jubileu de Platina. No passado dia 6 de fevereiro assinalaram-se 70 anos desde que subiu ao trono, sendo a monarca britânica com o reinado mais longo da História, um acontecimento que tem sido celebrado com diversas iniciativas ao longo dos últimos meses.
Já mais recentemente, em março, a rainha anunciou uma mudança profunda na sua vida diária, ao tornar o Castelo de Windsor como sua residência principal, deixando de viver no Palácio de Buckingham. Foi em Windsor, recorde-se, que morreu o duque de Edimburgo.