
A rainha Letizia, que tem o cargo de Presidente honorária da Unicef Espanha, foi nomeada pelo mesmo organismo como Defensora da Saúde Mental para a Infância e Adolescência. Ao aceitar o cargo, a monarca amplia o compromisso que já tinha com esta entidade, para contribuir e dar visibilidade à população mais jovem que sofre com problemas desta natureza.
Nos últimos tempos, a saúde mental em crianças e adolescentes tornou-se uma prioridade para a Unicef, que tem apelado aos governos de vários países para que invistam no tema. “Não cuidar da saúde mental das nossas crianças e adolescentes e não dar a este problema a atenção e importância que merece pode ter consequências no presente e no futuro da infância”, começou por dizer Gustavo Suárez Pertierra, presidente da Unicef Espanha, referindo-se depois à nomeação da rainha.
“Temos a certeza de que esta nomeação nos ajudará a dar visibilidade esta situação e a continuar a garantir o bem-estar – também emocional – das crianças e adolescentes de todo o mundo“, concluiu.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pela Unicef, estima-se que mais de 13% das crianças e jovens entre os 10 e os 19 anos em todo o mundo tenham algum problema de saúde mental diagnosticado, dos quais 40% são ansiedade e depressão. Em números, isto significa que 166 milhões de crianças e jovens têm um diagnóstico que comprova que a sua saúde mental está afetada.
Já na faixa etária entre 15 e 24 anos, 19% dos adolescentes e jovens adultos de 21 países afirmaram sentir-se deprimidos ou com pouco interesse em fazer coisas, de acordo com dados recolhidos na primeira metade do ano de 2021.