Martha Louise da Noruega e o companheiro, o xamã Durek Verret, anunciaram o seu noivado na última semana, um enlace que conta com a aprovação dos reis, Harald e Sonia, e dos príncipes herdeiros, Haakon e Mette-Marit, tal como referia o comunicado emitido pela Casa Real.
Depois de anunciado o noivado, o casal gravou um vídeo onde ambos revelam que desde então têm recebido várias ameaças de morte e comentários racistas. “Acho que grande parte da nossa relação, e os motivos pelos quais as pessoas têm tantos problemas com ela, têm esse ódio todo e nos enviam ameaças de morte, é porque não querem um homem negro na família real, porque isso nunca aconteceu nas Casas Reais europeias”, começou por dizer Durek Verret.
“Em segundo lugar, a Martha é mulher e é diferente quando um homem escolhe uma mulher de cor, porque é um homem. Mas uma princesa escolher um homem negro nunca aconteceu, pelo que é difícil para as pessoas gerirem isso. Não querem os Bridgerton. Querem vê-los na televisão, mas não querem os verdadeiros, que somos nós, pelo que se zangam muito e dizem coisas horríveis”, afirmou, fazendo referência à série “Bridgerton”, da Netflix, uma ficção que retrata a realeza e a alta sociedade de Inglaterra da primeira metade do século XIX, na qual parte dos elementos, incluindo a própria rainha, são negros.
De recordar que esta já não é a primeira vez que o casal afirma ter sido vítima de racismo. A própria princesa já tinha falado sobre o tema, em 2020, aquando da morte de George Floyd, um homem negro, de 46 anos, que morreu asfixiado em Minneapolis, EUA, após ter sido imobilizado por um polícia, que lhe colocou um joelho no pescoço, impedindo-o de respirar. Num longo texto nas redes sociais, publicado nessa altura, Martha Louise explicou que a sua relação com Durek Verret a ajudava a compreender melhor e a ver de perto a descriminação existente baseada unicamente na cor da pele.