Os últimos tempos não têm sido fáceis para as relações na família real britânica e a morte da rainha Isabel II provocou reencontros, nomeadamente de Harry e Meghan com os restantes membros, que sublinharam as tensões. Mas o novo rei, Carlos III, tem manifestado a sua esperança de que o clima tenso se atenue e fontes próximas garantem que alimenta a expectativa de conseguir promover uma reconciliação.
O primeiro passo em direção à reconciliação foi tomado há poucos dias por William. Segundo o Palácio de Kensington, foi o príncipe de Gales que tomou a iniciativa de convidar o irmão e a cunhada a juntarem-se a ele e à mulher, Kate, no dia em que saíram os quatro para o exterior do Castelo de Windsor para cumprimentar a multidão e receber as condolências e os inúmeros ramos de flores que os aguardavam. Foi notório que o clima entre os dois casais continuava tenso, mas foi também uma manifestação de boa vontade da parte de todos.
Este “degelo” ganhou novos contornos no decorrer dos dias que os duques de Sussex passaram em Inglaterra, à espera das cerimónias fúnebres, e, segundo adiantaram entretanto fontes próximas da família, Carlos III admitiu ver “tremendos lampejos de esperança” depois das conversas que teve com o filho mais novo e a mulher deste. Um contacto que o deixou confiante na reaproximação e, de acordo com o The Telegraph, o rei tem lembrado que continua a amar os seus dois filhos e terá mesmo dito à fonte citada pelo jornal que “em termos de futuro, há esperança”.
Uma boa notícia para um reinado que se prevê algo atribulado, a começar pelas primeiras dificuldades que vieram a público nos últimos dias, relacionadas com a gestão dos recursos humanos que tem à sua disposição, já que alguns funcionários que tinha ao seu serviço enquanto príncipe sobrepõem-se aos que serviam a rainha e não parece haver lugar para todos. Agora que tem de definir toda a sua linha de atuação, Carlos III precisará do apoio da família, já que dificilmente será tão consensual como foi a mãe.
Paralelamente à manifestação de otimismo de Carlos III em relação a Harry e Meghan, também o duque de Sussex mostrou igualmente boa vontade para amenizar as coisas e tomou, por exemplo, a iniciativa de adiar o lançamento do seu livro de memórias. Inclusivamente, diz a especialista em assuntos reais Kinsey Schofield, tem feito diversas alterações ao texto: “Ele tem medo de ser considerado insensível e de ser boicotado se revelar algumas histórias logo após a morte da rainha Isabel II.”