Nos últimos anos, a tendência das famílias reais é a de terem um núcleo cada vez mais restrito. Menos membros, implica também menos gastos. Foi este o caso de Espanha e Suécia – parece ser também essa a vontade do novo rei britânico Carlos III – e, esta quarta-feira, 27 de setembro, sem que nada o fizesse prever, a Dinamarca também se juntou a este grupo.
Através de um comunicado divulgado nas redes sociais, a rainha Margarida anunciou as medidas tomadas em relação à sua família, que ‘prejudicam’ diretamente quatro dos seus oito netos. Os filhos do príncipe Joaquim, o filho mais novo da monarca, deixarão de ser príncipes e de ter o tratamento de Alteza por vontade da avó, uma medida que entra em vigor em janeiro de 2023.
“Sua Majestade decidiu que a partir de 1 de janeiro de 2023, os descendentes de Sua Alteza Real o príncipe Joaquim só podem usar os títulos de condes e condessa de Monpezat, já que os seus títulos anteriores como príncipes e princesa da Dinamarca desaparecem. Os descendentes do príncipe Joaquim deverão ser tratados de aqui em diante como Excelências. A decisão da rainha está em conformidade com adaptações similares implementadas nos últimos anos por outras Casas Reais”, refere o comunicado.
Desta forma, Nikolai e Felix, nascidos do anterior casamento de Joaquim com Alexandra de Frederiksborg, e Henrik e Athena, do seu atual matrimónio com a princesa Marie, descerão um posto e passarão a ostentar apenas o título francês de condes de Monpezat, que pertencia ao avô, Henrik de Monpezat, o falecido marido da rainha Margarida.
“Com esta decisão, Sua Majestade a Rainha quer criar espaço para que os quatro netos possam moldar as suas próprias vidas em maior extensão, sem serem limitados pelas considerações e obrigações especiais que vêm com a afiliação formal à Casa Real, como instituição. Os quatro netos mantêm os lugares na linha de sucessão ao trono”, refere ainda o comunicado.
Atualmente, Nikolai ocupa o sétimo lugar na linha da sucessão, Felix o oitavo, Henrik o nono e Athena a décima posição.