![Frederico da Dinamarca: O príncipe que não queria ser rei](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/6/2022/01/220131_272978794_683917642610968_9103143660498566918_n-867x1080.jpg)
Filho mais velho da rainha Margarida e, consequentemente, herdeiro do trono dinamarquês, o príncipe Frederico revelou, pela primeira vez publicamente, através de um documentário, gravado em 2018, o quão aterrorizante foi saber que ele seria rei. “Imaginei a minha vida apagar-se e que de repente eu teria que me comportar como um adulto completo. Foi extremamente desconfortável. Especialmente porque não havia muitas pessoas que pudessem me explicar o que isso significava”, referiu na altura abertamente.
Com a subida de Carlos III ao trono britânico, Frederico torna-se o príncipe herdeiro que há mais anos espera para ser rei. Contudo, em já diversas ocasiões o príncipe descreveu a ideia de ser rei como “grande, intimidadora, sombria, e desagradável”.
Durante a sua juventude, a dificuldade em aceitar o seu futuro refletiu-se em alguns escândalos. Após ter sido apanhado pela polícia a conduzir embriagado, muitos foram os que pediram que renunciasse aos seus diretos dinásticos e que fosse o seu irmão mais novo, o príncipe Joaquim, a ocupar o primeiro lugar na linha da sucessão ao trono
Após esse incidente, que aconteceu na véspera de Ano Novo em 1992, a rainha mandou o filho para estudar na prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, de forma a acalmar as vozes que pediam para que o príncipe abdicasse. Mas nem essa decisão acalmou o príncipe e o impediu de experienciar “uma vida normal”, como fazer tatuagens, atuar como DJ e demonstrar a sua paixão por carros e motas.
Foi graças a uma outra paixão, pelo desporto, que o príncipe começou a ganhar popularidade entre o povo dinamarquês, tendo participado em várias competições e maratonas desportivas. Mais tarde, em 2004, Frederico celebrou a sua união com a advogada australiana Mary Donaldson, com quem teve quatro filhos. Esse momento contribuiu também para a aceitação por parte da Dinamarca, que o começou a ver como um homem de família respeitado e mais maduro.
Contudo, aos 82 anos, a monarca dinamarquesa celebra este ano 50 anos como Chefe de Estado do seu país, das Ilhas Faroé e da Gronelândia, e, com a morte de Isabel II, torna-se na única mulher à frente de uma monarquia europeia, tendo subido ao trono em 1972, após a morte do pai, Frederico IX. Segundo a France 24, a monarca costuma dizer que “ficará no trono até cair”, pelo que o príncipe Frederico só deverá subir ao trono após a morte da mãe.