
O polémico livro de memórias do príncipe Harry, intitulado “Spare”, que foi originalmente planeado para ser lançado em novembro deste ano, mas acabou por ser adiado para o próximo, devido à morte da rainha Isabel II, já tem finalmente uma data de lançamento confirmada, e será posto à venda no próximo dia 10 de janeiro, de acordo com o New York Times.
Com data agora confirmada, levanta-se a questão de quanto dinheiro ganhará o príncipe com o polémico livro e qual será o destino do montante. De acordo com o New York Post, Harry terá arrecadado 20 milhões de dólares com o livro e, segundo o duque de Sussex afirmou no ano passado, cerca de 1,5 milhões de euros dos lucros arrecadados com a obra serão doados a favor da Sentebale, uma organização fundada em 2006 pelo mesmo, juntamente com o príncipe Seeiso do Lesoto, que visa apoiar crianças com HIV em África.
Focado em apoiar causas humanitárias e instituições de caridade, Harry referiu que “esta é uma das várias doações que [pretende] fazer para organizações de caridade”. “Sou grato por poder continuar a apoiar dessa maneira às crianças e comunidades que realmente precisam”, disse, em comunicado, garantindo que o lucro do livro, bem como do audiolivro deverá ser doado para instituições de caridade.
Assim, para além da Sentebale, Harry prevê também doar cerca de 300 mil euros ao WellChild, também focada em ajudar crianças doentes, bem como as suas famílias, uma organização de que o príncipe é patrono.
De acordo com a imprensa estrangeira, o motivo pelo qual o lançamento livro, cujo conteúdo se prevê que não agrade à família britânica, foi adiado terá sido para que Harry pudesse reescrever algumas partes sobre o pai, rei Carlos III, e a sua mulher, a rainha consorte Camilla, bem como sobre o irmão, William, e a cunhada, Kate, que poderiam ser vistas como uma afronta e desrespeito.
Editado pela Penguin Random House, que anunciou a parceria a julho de 2021, o livro foi escrito à revelia da família real. Com o adiamento prevê-se que a obra de 416 páginas “inclua um capítulo sobre o funeral da rainha”.