O rei Carlos de Inglaterra não terá atribuído o título de duque de Edimburgo – que o seu pai usou até morrer, em abril de 2021 – ao seu irmão mais novo, Eduardo, por estar a guardá-lo para a neta Charlotte. Esta é a explicação que avança o jornal britânico The Mail on Sunday.
A maioria dos ingleses esperava ver Eduardo e a mulher, Sophie Rhys-Jones, tornarem-se os novos duques de Edimburgo, um título de grande relevância na família real britânica, mas o jornal britânico avança que deverá ser a filha do meio de Catherine e William a receber esse privilégio.
A princesa Charlotte, de sete anos, tornou-se, com a morte da rainha Isabel II, a terceira na linha de sucessão ao trono britânico, a seguir ao pai, o príncipe William, e ao irmão mais velho, o príncipe George. Isto porque, recorde-se, quando Kate esperava o primeiro filho foi alterada a lei de sucessão ao trono, eliminando a preferência dada aos filhos do sexo masculino. Coincidiu que o primeiro filho de Kate e William, nascido em 2013, fosse um rapaz. Mas as novas regras ditaram que quando nasceu a princesa Charlotte, em 2015, ela se posicionasse definitivamente na linha de sucessão logo a seguir ao irmão, pelo que não foi depois afetada pelo nascimento do príncipe Louis, em 2018.
Esta decisão de concentrar atenções na linha de sucessão é significativa e confirma que Carlos III planeia uma monarquia modernizada e reduzida, de modo a corresponder às expetativas das novas gerações e em linha com uma tendência que se vem a generalizar na Europa.
O título de duque de Edimburgo foi concedido três vezes na história da monarquia britânica. Criado em 1726 por George I para o príncipe Frederico, seu neto, que estava na linha direta de sucessão e mais tarde se tornou príncipe de Gales, foi recuperado em 1866, durante o reinado da rainha Vitória, para o segundo filho desta, o príncipe Alfred. Em 1947, quando a futura Isabel II se casou, o rei George VI concedeu o título ao genro, o príncipe Philip.