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O tribunal de Londres que tem em mãos o processo de assédio movido por Corinna Larsen, ex-amante de Juan Carlos, contra o rei emérito, decidiu a favor do pai de Felipe VI.
Assim, Juan Carlos conseguiu imunidade e só poderá ser julgado por crimes de assédio contra Corinna Larsen que tenham acontecido após a sua abdicação, em 2014, segundo informa a agência Reuters. “A suposta conduta anterior à abdicação está imune à jurisdição dos tribunais deste país”, considerou o tribunal.
A decisão está relacionada com uma batalha legal iniciada em 2020 e foi tornada pública esta terça-feira, dia 6 de dezembro. Larsen afirma que as ações contra ela se prolongam “desde 2012 até à atualidade” e, por esse motivo, pede uma indemnização, cujo valor ainda não definiu.
Os dois supostos episódios mais graves que sustentam o processo ficam assim excluídos de possíveis ações judiciais. Em causa estão uma alegada visita do antigo chefe do CNI (Centro Nacional de Inteligência), Félix Sanz Roldán, a Londres, com a intenção de a “pressionar”, segundo afirmou a própria, e a suposta entrada de uma equipa de agentes na sua casa no Mónaco.
De recordar que no passado dia 8 de novembro, os advogados de Juan Carlos defenderam, perante o Tribunal de Apelação de Londres, o recurso interposto pelo rei emérito em resposta à denúncia de assédio apresentada por Corinna Larsen. Na sessão, que durou mais de seis horas, os três juízes – Eleanor King, Ingrid Simlery e Andrew Popplewell – ouviram os argumentos da defesa, que apelaram à exoneração pelas acusações ocorridas entre abril de 2012 e junho de 2014, quando o ex-monarca era ainda Chefe de Estado.