O livro de memórias do príncipe Harry só será publicado na próxima terça-feira, dia 10 de janeiro, mas um erro em Espanha fez com que alguns livros fossem distribuídos antes do tempo e, desde então, têm sido divulgados alguns episódios relatados pelo duque de Sussex na obra, como o facto de ter admitido que consumiu cocaína na adolescência, a forma como foi informado da morte da mãe e também a confissão de que matou 25 combatentes talibãs enquanto serviu como piloto de um helicóptero militar no Afeganistão.
Este episódio na vida do filho mais novo de Carlos III remonta a 2012, na segunda vez que serviu naquele país, tendo assegurado que não pensou nos mortos “como pessoas”, mas sim “como peças de xadrez” que tinham sido removidas do tabuleiro.
Após terem sido conhecidas estas declarações, alguns líderes dos talibãs – que recuperaram o controlo em Cabul em 2021, após a retirada das tropas norte-americanas – manifestaram o seu desagrado perante as afirmações do príncipe britânico.
De acordo com o Daily Mail, o comandante talibã Molavi Agha Gol referiu que Harry pretende apenas “chamar a atenção” com estas declarações. “Ainda aqui estamos a governar, mas ele fugiu do palácio da avó. É um perdedor que está a querer chamar a atenção. Os nossos mártires estão no céu, mas os seus amigos invasores estão a arder no inferno”, afirmou.