Aquele que foi o seu primeiro Dia da Commonwealth desde que é princesa de Gales ficou marcado por uma manifestação de protesto contra a monarquia do movimento Republic no exterior da Abadia de Westminster, mas Kate aparentou a maior das calmas e sorriu como se nada se passasse. Os protestantes exibiam cartazes que diziam “Não é meu rei”, mas também os restantes membros da família real presentes se mostraram impassíveis, e Carlos III não deixou que este dia tão importante na sua nova agenda enquanto monarca ficasse ensombrado pelo que leu nos cartazes.
De resto, a celebração da instituição formada pelo Reino Unido e por 56 nações e territórios que em tempos pertenceram ao império britânico (com exceção do Gabão e Togo, Moçambique e Ruanda), que incluiu uma missa em Westminster durante a qual o rei lembrou a importância que a mãe, Isabel II, dava a esta comunidade de nações, decorreu de forma tranquila. No entanto, chamou a atenção que, pela primeira vez neste evento, dois seguranças seguissem atrás do cortejo da família real dentro da abadia.
Como não podia deixar de ser, os holofotes focaram-se em Kate e Camilla e nas suas toilettes. A mulher de William estava irrepreensível num conjunto de casaco e saia midi azul-escuro com pequenas ramagens brancas, em cuja lapela sobressaía um alfinete de peito avaliado em 600 mil euros e com grande simbolismo, pois exibe as três penas de avestruz do símbolo heráldico do príncipe de Gales, rodeadas por 18 diamantes e pequenas esmeraldas. Esta joia tem sido usado por todas as princesas de Gales desde 1863, data em que o então príncipe de Gales, o futuro rei Eduardo VII, se casou com a princesa Alexandra da Dinamarca. Uma joia que Diana usou com frequência, tanto ao peito como na versão de pendente para colar.
Camilla conjugou um casaco e um chapéu azul-cobalto que usa com frequência (é uma feroz adepta da reciclagem) com um belíssimo alfinete, avaliado em 370 mil euros, que exibe uma enorme safira oval rodeada por uma moldura de ouro e 18 diamantes, que pertenceu à czarina russa Maria Feodorovna, mãe do último dos czares, Nicolau II, e que a rainha Mary de Teck, bisavó do atual soberano, comprou em 1934.
Em destaque estiveram também o príncipe Eduardo, filho mais novo de Isabel II, e a sua mulher, Sophie Rhys-Jones, que acabam de ser elevados ao estatuto de duques de Edimburgo, título detido durante 74 anos pelo marido da falecida rainha, o príncipe Filipe. Uma “promoção” que vem atestar a importância que o rei quer dar ao irmão, um elemento da família que sempre foi muito trabalhador.