Planeada há cerca de um ano, a primeira viagem oficial da princesa herdeira da Bélgica, Elisabeth, feita na companhia da mãe, a rainha Mathilde, teve por objetivo assinalar várias efemérides associadas à ligação belga com o Egito: o 200.º aniversário da decifração dos hieróglifos pelo filólogo Jean-François Champollion, o 125.º aniversário do surgimento da egiptologia belga, o 75.º aniversário da morte de Jean Capart, conhecido como o “pai da egiptologia belga”, e o centenário da descoberta do túmulo de Tutankhamon, em 1922, que proporcionou, no ano seguinte, a visita da rainha Isabel (ou Elisabeth, para os belgas), mulher de Alberto I, ao país.
“Admiro a rainha Elisabeth pelo seu sentido de aventura e pelo papel que desempenhou na guerra.” (Elisabeth)
Esta trisavó de Elisabeth, a quem deve o nome, era filha de Carlos Teodoro, duque da Baviera, e da portuguesa D. Maria José de Bragança (prima direita de D. Duarte Nuno, pai de D. Duarte Pio), e parece inspirar a jovem princesa. Na visita que mãe e filha fizeram às escavações arqueológicas de El Kab, lideradas pela universidade belga de Louvain, a princesa deu algumas declarações aos jornalistas: “Admiro a rainha Elisabeth pelo seu sentido de aventura e pelo papel que desempenhou na guerra [embora de origem alemã, salvou muitos judeus durante a II Guerra]. Era uma grande apaixonada por música, o que também é inspirador. Quem sabe gostaria de ser como ela” declarou, acrescentando: “Estou a estudar História, entre outras coisas, em Oxford. Para mim é muito importante aprender História, é essencial para compreender o presente e o futuro”.