William ainda vive inspirado pelo exemplo da mãe. Prova disso é o mais recente projeto do príncipe, que pretende acabar com os sem-abrigo no Reino Unido. De acordo com o The Sunday Times, jornal ao qual deu uma entrevista publicada no passado dia 18 de junho, o futuro rei pretende cumprir o objetivo no espaço de cinco anos, através da Fundação Real do Príncipe e da Princesa de Gales.
“É muito stressante. Mas estou muito entusiasmado. Estive à espera do tempo certo para fazer isto“, referiu ao jornal. Apesar der não ter revelado muitos detalhes sobre o modo como pretende atingir os objetivos, sabe-se que uma das suas ideias é construir habitações sociais nas terras das quais é agora proprietário, no Ducado da Cornualha.
E qual a influência de Diana? Desde cedo que a princesa, que em 1992 se tornou patrona da Centrepoint, organização destinada a ajudar jovens sem-abrigo, deu o exemplo aos filhos, dedicando-se a diversas causas sociais. Apelidada “Princesa do Povo”, a mãe de William e Harry sempre se mostrou empática com as situações dos mais desfavorecidos. William tinha menos de 10 anos quando visitou um refúgio de sem-abrigo com a mãe, e esse dia marcou-o até hoje.
“Quando aí de casa hoje uma das coisas em que pensei é quando será o momento adequado para levar o George, a Charlotte ou o Louis a uma organização de pessoas sem-abrigo?”, declarou o príncipe ao jornal. Além disso, revelou que os filhos são bastante observadores e sempre comentaram, por exemplo, quando viam pessoas sentadas no chão fora dos supermercados.
“Eles cresceram a saber que, na realidade, alguns de nós somos muito afortunados, outros precisam de alguma ajuda e alguns de fazer o que possam para ajudar os outros e melhorar as suas vidas“, contou. Por fim, William garantiu que tem como objetivo fazer com que estas pessoas deixem de ser “invisíveis. É muito importante que a sociedade reconheça que há alguém aqui que está a passar por dificuldades“.
Recorde-se que, em dezembro de 2009, William dormiu nas ruas de Londres para arrecadar fundos para ajudar à consciencialização da situação das pessoas sem-abrigo, garantindo que as realidades que conheceu, nessa altura, tiveram um grande impacto na sua forma de ver o mundo. “Cresci num palácio, e ver o lado oposto, onde outros enfrentam desafios tão grandes, foi algo muito poderoso“, disse.