Não são raras as vezes em que podemos ver publicamente a cumplicidade e o bom-humor que une Camilla à cunhada, a princesa Ana. Contudo, consta que nem sempre terá sido assim e a verdade sobre a relação da rainha Camilla com a princesa Ana é que tem sido pautada por muitos altos e baixos. No livro Camilla, Duquesa da Cornualha: Uma Sobrevivente Real, publicado em outubro de 2022, a jornalista e biógrafa Angela Levin destaca que “durante anos, Ana se opôs à ideia de Camilla receber o título de rainha consorte”, admitindo que “ela estava convencida que Camilla nunca seria uma rainha de verdade”.
Por isso é que, mantendo a sua famosa franqueza, a princesa Ana fez questão de demonstrar o seu descontentamento quando soube que o irmão, o rei Carlos III, iria deixar cair o título de consorte para Camilla ser coroada como rainha. “No jantar de coroação, Ana ter-se-á dirigido a Camilla e terá dito ‘tu não és rainha, és a mulher do rei'”, revela o The Mirror.
Mas os destinos destas duas mulheres há muito que se cruzaram. Muito antes da famosa expressão da princesa Diana, “éramos três neste casamento”, aludindo à traição continuada de Carlos com Camilla, houve outro triângulo amoroso que abalou os Windsor na década de 1970. Nesta altura, a princesa Ana tinha 20 anos e apaixonou-se por Andrew Parker Bowles, um aristocrata onze anos mais velho. Um amor condenado à partida, pois Ana é anglicana e Andrew católico, sendo o casamento impossível de acontecer. Enquanto a princesa tentava encontrar uma forma de ficarem juntos, Andrew Parker Bowles já a tentava esquecer nos braços de Camilla Shand, com quem se viria a casar, e por quem também Carlos III se apaixonou nesta altura.
Apesar destes amores cruzados, a princesa Ana ultrapassou a situação, mas, quando Carlos e Camilla se casaram em 2005, optou por não estar presente. “Camilla achou este comportamento gélido e um tanto desconcertante”, confidencia Angela Levin no livro. Mas, com o tempo, parece que a relação entre as duas mulheres se tornou muito melhor, sendo atualmente verdadeiras amigas e companheiras. “Ana pôde ver por si mesma o quanto a sua cunhada trabalhava pela monarquia e seu sentido de dever”, sublinha a autora. De facto, juntas tornaram-se no bloco protetor do rei Carlos III, tentando preservar ao máximos os valores que regem a monarquia.