A rainha da Jordânia nasceu no Kuwait mas a família é palestiniana. E sem medo, Rania da Jordânia assume posição sobre o conflito em Israel, que voltou a reacender-se no passado dia 7 de outubro, depois do grupo armado Hamas ter atacado algumas zonas de Israel junto à faixa de Gaza, semeando o terror e fazendo centenas de mortos de feridos.
Dirigindo-se aos mais de dez milhões de seguidores no Instagram, a mulher do rei Abdullah II publicou dois posts com vídeos das suas declarações de 2009, quando rebentou uma guerra de semanas em Gaza.
“14 anos e cinco guerras depois, é de partir o coração ver como pouco mudou. O mundo não pode ficar em silêncio. Isto tem de acabar”, é a mensagem poderosa que acompanha as imagens. No vídeo, vemos a jovem Rania a citar o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que diz: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e, dotados de razão e consciência, devem agir em relação uns aos outros num espírito de fraternidade.“
As reações de celebridades a este conflito têm sido muitas. De Madonna, a Gigi Hadid, passando por Ivanka Trump e Natalie Portman as vozes de apoio israelistas e palestianos multiplicam-se A atriz Daniela Ruah, de ascendência judaica, também manifestou publicamente repúdio face aos ataques que Israel foi alvo.
Recorde-se que, como tantas famílias que hoje inundam as páginas dos jornais, também a da monarca da Jordânia fugiu da Cisjordânia para se estabelecer num outro país. Da infância na aldeia de Denabe, no coração da Palestina, as pessoas lembram que, desde que nasceu, Rania estava destinada a grandes feitos. “Era a criança mais bonita e a mais contida da zona. Um lírio do vale. Os pais educaram-na para ser uma senhora: aulas de piano, aulas de costura… como se tivessem adivinhado o seu destino”, afirmou, há anos, o antigo presidente da câmara da aldeia numa declaração publicada no “El Mundo”.
A rainha de uma nação onde 60% da população é de origem palestiniana nunca escondeu o apoio ao seu país de origem nas sucessivas crises humanitárias que sofreu nos últimos anos. Agora, e mais uma vez, utilizou as redes sociais para o fazer. Este facto, já lhe causou problemas no passado e entra em conflito com o apoio que Israel recebe de outras nações.