Já diz o ditado que “depois da tempestade vem a bonança” e para trás parece terem ficado os dias menos felizes por causa da alegada traição do príncipe Frederico com a mexicana Genoveva Casanova, que negou de imediato qualquer romance com o herdeiro da coroa. A verdade é que, a dias de se tornar rainha da Dinamarca, Mary volta a sorrir.
Ontem, 5 de janeiro, no último evento de Ano Novo – o derradeiro da rainha Margarida enquanto soberana-, na receção aos oficiais das Forças Armadas e da Agência Nacional de Gestão de Emergências, entre outras organizações nacionais, no Castelo de Christiansborg, em Copenhaga, a princesa Mary destacou-se, uma vez mais, pela sua simpatia natural, elegância e espetaculares joias.
A princesa reciclou uma saia esvoaçante da designer Rachel Gilbert, que usou na sessão de fotos que fez para a edição australiana da Vogue, em 2016, e que conjugou com um casaco de mangas francesas em veludo cor-de-chocolate de Jesper Høvring, que estreou em 2013, e uma clutch Bottega Veneta. O toque de irreverência neste look foi conseguido com os sapatos de salto alto print animal de Gianvito Rossi, que também já fazem parte do seu closet há muitos anos. Como joias, destaque para a espetacular gargantilha de pérolas naturais com uma água-marinha ao centro, que terá sido um presente de casamento do príncipe Frederico.
Desde o anúncio da abdicação da rainha Margarida durante o discurso de Ano Novo, no passado dia 31 de dezembro, que os holofotes se centraram – de novo – nos príncipes herdeiros. Mas, para lá das questões dos novos títulos e funções do futuro rei Frederico X, a futura rainha consorte da Dinamarca rouba todas as atenções.
Mais do que nunca, o seu estilo e a sua imagem são escrutinados ao pormenor. Aos 51 anos, a plebeia nascida na Tasmânia, Austrália, vai juntar-se a uma série de “jovens” rainhas como Letizia de Espanha, Maxima dos Países Baixos, Mathilde da Bélgica ou Rania da Jordânia, vistas como monarcas de espírito aberto e estilo sofisticado.
Licenciada em Comércio e Direito na Universidade da Tasmânia, Mary Donaldson estudou também Marketing, área em que trabalhava na altura em que conheceu o príncipe Frederico, em setembro de 2000. Por amor, Mary, que é a mais nova de quatro irmãos, renunciou à sua cidadania e religão, aprendeu dinamarquês e permitiu que a sua vida fosse totalmente escrutinada pela Casa Real antes de ser anunciado o noivado com o príncipe herdeiro em outubro de 2003. No ano seguinte a 14 de maio, Mary e Fredrico subiram ao altar na Catedral de Copenhaga, e têm quatro filhos: o príncipe herdeiro Christian, de 18 anos, a princesa Isabella, de 16, e os príncipes Josephine e Vincent, de 13.
Até ao último mês de novembro, altura em que a revista espanhola Lecturas publicou umas fotos do príncipe Frederico a passear com Genoveva Casanova no Parque do Retiro, em Madrid – numa altura em que a princesa estava numa visita oficial a Nova Iorque -, o casal parecia viver uma relação plena.
A partir desse momento, foi possível testemunhar alguma tensão entre ambos, que durante mais de um mês tiveram agendas separadas. Na noite de Natal, para assistir à tradicional missa, Mary e Frederico surgiram acompanhados pelos quatro filhos, sorridentes e de mão dada, numa demonstração de que a crise estava sanada.
A partir de 14 de janeiro, data em que a rainha Margarida cede o trono ao filho mais velho, o rei Frederico X e a rainha consorte Mary esvcrevem uma nova página na história da monarquia dinamaquesa.