Durante uma recente entrevista no programa de televisão Good Morning America, exibida esta sexta-feira, 16 de fevereiro, o príncipe Harry falou pela primeira vez sobre a doença do pai, Carlos III. E não pôs de lado a ideia de que o diagnóstico de cancro que o rei recebeu possa vir a reaproximar a família.
Em conversa com o entrevistador do programa, Will Reeve (filho do falecido ator Christopher Reeve, conhecido sobretudo pelo seu papel de Super-Homem), o príncipe Harry admitiu: “Acredito que qualquer doença une uma família“. Além disso, mostrou-se “grato” por ter podido estar com o pai logo no dia a seguir a ter-se sabido da doença. “Eu amo a minha família. O facto de ter conseguido apanhar um avião, ir vê-lo e passar tempo com ele… estou grato por isso“, explicou, sem adiantar pormenores sobre o encontro, que terá durado apenas cerca de 45 minutos.
O duque de Sussex adiantou que tem planeadas várias viagens para o Reino Unido, mas que a sua base continuará a ser nos EUA, onde estão a mulher, Meghan Markle, e os filhos, Archie e Lilibet. “Tenho a minha própria família. Portanto, a minha família e a minha vida estão na Califórnia. Tenho outras viagens planeadas que me permitirão ficar ou passar pelo Reino Unido. Irei ver a minha família o máximo que conseguir“, adiantou, supondo-se que uma dessas viagens deverá acontecer em maio, a propósito do décimo aniversário dos Jogos Invictus, que contará com celebrações na Catedral de St. Paul, em Londres.
Questionado sobre o seu papel de pai, Harry começou por responder com humor: “Não posso contar. É segredo”. Mas depois revelou: “Os miúdos estão ótimos. Estão a crescer como qualquer criança, muito, muito depressa. Têm ambos um incrível sentido de humor e fazem-nos rir e manter os pés assentes na terra todos os dias, como a maior parte das crianças. Estou muito grato por ser pai.”
Um outro momento da conversa promete vir a causar nova polémica. Quando referiu que gostava de viver nos Estados Unidos, o apresentador perguntou-lhe se já se sentia americano. Começou por responder: “Se me sinto americano? Não. Não sei como me sinto.” Will Reeve perguntou-lhe então se ponderava tornar-se cidadão americano e o príncipe confessou: “Já ponderei isso, sim.” O entrevistador quis saber o que o impedia de concretizar a ideia e Harry adiantou: “Não faço ideia. É uma hipótese que me passou pela cabeça, mas não é uma prioridade para mim neste momento.”
A conversa abordou ainda a experiência militar de Harry e como isso o aproxima dos veteranos que participam nos Jogos Invictus, a sua grande causa e que foi o pretexto desta entrevista.