Na última terça-feira, dia 21 de agosto, quase um mês depois do ataque de múltiplo esfaqueamento que vitimou três crianças – a portuguesa Alice da Silva Aguiar, de nove anos, Bebe King, de seis, e Elsie Dot Stancombe, de sete -, em Southport, em Inglaterra, Carlos III interrompeu as tradicionais férias de verão em Balmoral, na Escócia, para visitar o local da tragédia.Carlos III encontra-se com a família da menina portuguesa, vítima do ataque de Southport
A visita do monarca durou cerca de 45 minutos e o rei teve oportunidade de ver as centenas de mensagens, flores e bonecos de pelúcia que têm sido deixados no local como forma de homenagear as vítimas. Carlos III encontrou-se ainda com outras crianças que escaparam ilesas do ataque, assim como como as autoridades policiais e bombeiros que atuaram nesse dia de 29 de julho.
“Obrigado aos serviços de emergência da linha da frente pela vossa dedicação altruísta à proteção da população de Southport e das comunidades vizinhas.”, escreveu o rei na página oficial da família real britânica no Instagram.
Um dia depois, nesta quarta-feria, 21 de agosto, e já em Clarence House, a residência real em Londres, o monarca recebeu os pais das três vítimas mortais. Entre eles, os pais de Alice da Silva Aguiar, filha de pais portugueses, naturais da Madeira, e que faria 10 anos em outubro.
Recorde-se que o ataque aconteceu durante uma aula de dança inspirada nas músicas da cantora norte americana Taylor Swift. Segundo os media, o agressor e responsável pelo ataque foi um rapaz nascido no País de Gales de família ruandesa. Desconhecem-se as motivações do mesmo e não foi confirmada a tese de ataque terrorista, que surgiu depois da enorme desinformação gerada nas redes sociais e que deu origem a uma onda de ataques contra emigrantes, marcada pela extrema violência.