Foi uma manhã agitada na zona da restauração do Atrium Saldanha, no centro de Lisboa. No balcão que dava as boas-vindas a quem quisesse realizar um rastreio à anemia e deficiência de ferro. Foi um dia preenchido, na maioria com mulheres, as principais afetadas por baixas reservas de ferro.
A iniciativa partiu da GO Clinic, uma clínica especializada em ginecologia e obstetrícia (com instalações ali mesmo no Atrium Saldanha) que se distingue também por oferecer iniciativas diferenciadas e personalizadas, como esta.
O cabelo começa a cair com mais frequência do que o normal. As unhas tornam-se fracas e facilmente quebradiças. Instala-se a palidez. No corpo, as nódoas negras surgem com facilidade. Nas mulheres, devido à menstruação, este desequilíbrio é mais notório e muito mais frequente. Para além dos sintomas que se conseguem ver, há também outros, igualmente impactantes, que só quem sofre de deficiência de ferro sente, embora tenha igual impacto na qualidade de vida e na relação com os filhos, o marido, os amigos ou os colegas de trabalho. A fadiga é Dpresença de quem tem falta de ferro no organismo, uma falta de energia e exaustão que é constante. A concentração começa a faltar, afetando a memória a curto prazo, que deixa de ser o que era, causando ainda irritação, também ela constante.
“É importante que valorize o que sente, evitando cair na tentação da justificação simples, ou seja, de associar o cansaço à agitação diária ou a queda de cabelo à mudança de estação”, alerta a farmacêutica Paula Matos, que acompanhou este rastreio no local. Até porque a deficiência de ferro evolui para anemia que, quando não tratada, pode agravar outros problemas de saúde.
Dr. João Mairos, também ginecologista nesta clínica e Presidente do Anemia Working Group Portugal, refere que a anemia em Portugal é um problema de saúde pública. “Um em cada cinco adultos que aqui residem sofre de anemia. São quase 20%. E cerca de 84% destas pessoas não sabem que têm anemia, pois é uma doença silenciosa. É aqui que entra a GO Clinic. Com estas ações de rastreio temos vindo a sensibilizar as pessoas, tanto a população em geral como os médicos, para estarem mais alerta para a deficiência de ferro.”
Felizmente, a medicina evoluiu muito nas últimas décadas, “e hoje existe uma parafernália de exames que nos permitem fazer um diagnóstico precoce e um aconselhamento personalizado”, adianta Dr. António França Martins, médico cofundador da GO Clinic.
Felizmente é muito fácil identificar os valores de ferro do organismo e identificar se está com anemia ou deficiência de ferro. Para além do “conhecido” e muito pedido, hemograma, é necessário também quantificar as reservas de ferro através de um indicador designado por ferritina. De acordo com a Direção Geral de Saúde, considera-se uma situação de ferropénia ou, por outras palavras, de deficiência das reservas de ferro, quando o valor de ferritina é inferior a 30 ng/mL em mulheres adultas.
Após a realização das análises clínicas, que deverão ser avaliadas por um médico, e logo que o diagnóstico esteja confirmado, este recomendará a melhor opção de tratamento. A escolha do medicamento para correção dos níveis de ferro varia consoante a gravidade da deficiência de ferro e da anemia, sendo que poderá ser indicado o tratamento com ferro endovenoso, uma abordagem inovadora disponível na GO Clinic.