Este apartamento lisboeta, soma de três frações, apresenta uma composição intemporal que cruza diferentes estilos, épocas, peças e obras de arte.
“O apartamento, com cerca de 145m², é composto pela reunião de três pequenos apartamentos em obras repartidas ao longo de mais de 30 anos, até à sua configuração atual”, explica o arquiteto Alberto Caetano, responsável pelo projeto.
“Do existente ficaram as paredes estruturais, o pavimento de pinho e as portadas de madeira das janelas, tornando-se a habitação num conjunto de espaços cujo encontro de planos formasse arestas para uma transição de planos claro/escuro, alinhando vigas, ombreiras e vãos interiores com vãos exteriores, no sentido de criar uma geometria una e um espaço mais grandioso, com o fim de receber a coleção de livros e obras de arte do dono da casa”, continua.
“O apartamento não tem decoração, vivendo unicamente da relação estabelecida entre todos os seus elementos, num diálogo perfeito em que cada um tem uma identidade própria. Todas as peças que compõem o espaço se interligam entre si, independentemente da sua época, forma ou material, pelas qualidades estéticas imanentes a cada uma. A intenção geral do projeto foi, e continua a ser, a realização de um espaço intemporal, em que objetos, quadros, o dono e os gatos tenham uma relação de bem-estar.”