"Queria uma casa com acesso ao exterior", diz a moradora diz Anne-Laure Pilet. "Os azulejos, a vista deslumbrante sobre o rio Tejo e a mistura de estilos: almofada feita por mim, com um antigo tecido chinês encontrado numa feira da 'ladra' em Pequim, poltrona de vime, toalha de mesa da Síria e prato proveniente do Alentejo."
A área de estar dá acesso ao terraço de 10m², "um dos meus lugares favoritos", confessa a moradora Anne-Laure Pilet.
A sala, com estantes e lareira já existentes, apresenta uma mistura de peças e estilos marcada pelo mobiliário, pelos livros e pela coleção de objetos dos moradores. Uma das paredes foi deixada 'em branco' para projetar filmes. "Todas as peças são intemporais. No entanto, o meu objetivo é mergulhar mais na cultura portuguesa", revela Anne-Laure Pilet.
À entrada, fotografia de fotógrafo chinês tirada em 1986, em Guangzhou. Flores frescas do florista Lucien Blondel e flores de porcelana do Le Cabinet de Porcelaine. Árvore da vida da ceramista francesa Fabienne Auzolle. "Esta escultura branca protege-nos", conta Anne-Laure Pilet.
Na cozinha, área de refeições com ligação ao terraço. Sobre a mesa, com toalha da Malásia, cerâmicas "Barbotine" francesas e copo Bicos, de produção nacional. Na parede, Apsará de Kerala (deusa hindu).
Casa de jantar. Flores frescas de Lucien Blondel, florista francês com ateliê em Lisboa, e criações do Le Cabinet de Porcelaine. Jarro em gesso branco, de Cyril Paillot, e pratos vintage de família.
Quarto. A base branca, que aqui serve para refletir a luz natural, recebe os tons de rosa escolhidos pela moradora para os tecidos, todos eles asiáticos: toalha de mesa malaia (na varanda), lençóis indianos e almofadas chinesas.
À cabeceira, peça de artesanato português com a assinatura de Julia Cota, aliada a criação (porta-velas) de Fabienne Auzolle.
Casa de banho. A modernidade da divisão, com parede pintada de preto-mate e janela aberta para o rio Tejo, recebe a personalidade vintage do espelho dos anos 50.
Pormenores. Sobre a bancada de lavatório, vaso português com flores.
Apartamento de 160m2, em Lisboa, decorado com peças que são o 'testemunho de vida' de um casal estrangeiro que fez da capital portuguesa a sua morada.
“Após seis anos na China, eu e o meu marido mudámo-nos para Lisboa e começámos à procura de um apartamento para arrendar. Apaixonámo-nos imediatamente por este imóvel! A localização é ótima: no coração da cidade, num edifício antigo, sossegado e, sobretudo, com uma vista deslumbrante sobre o Tejo”, diz Anne-Laure Pilet.
“Temos muitos objetos, memórias, livros, móveis dos anos 50 (ainda que não estejam suficientemente presentes!), e, como represento artistas através da minha empresa (Analora), preciso estar rodeada de arte, peças artesanais únicas. A mistura de estilos foi o mote para a decoração e a meta passou por fazer deste apartamento um espaço de convivência à nossa imagem, respeitando os códigos de Lisboa, deixar entrar o máximo de luz dentro de casa e otimizar o acesso ao terraço tanto quanto possível.”