– Está a gravar uma novela em que interpreta uma mulher independente, alegre, que se identifica muito com estas fotos…
Bárbara N. de Matos – Sim. Chama-se Inês, faz parte do elenco da novela Correntes, e estou a adorar este desafio maravilhoso que me deram. Já fiz nove novelas em nove anos, e quase arrisco dizer que esta é a personagem que estou a gostar mais de fazer.
– Desde que se separou do pai da sua filha, nunca mais assumiu um relacionamento…
– Nunca assumi para a imprensa…
– Mas recentemente foi fotografada ao lado do jogador de râguebi Francisco Mira…
– Sempre fui muito reservada. Nunca escondi qualquer relação que tive depois ou antes de me ter separado. As coisas são feitas da forma mais natural possível, embora me tente reservar. Mas não tenho que me esconder. Se o fizesse, não existiriam fotografias, e essas imagens falam mais do que qualquer coisa que eu possa dizer. Estou bem, estou feliz, e é isso que interessa.
– Com o coração tranquilo?
– Sim, bastante tranquilo. Mas o meu coração também está muito preenchido com a minha filha, embora haja sempre mais espaço. Estou numa fase da minha vida óptima, sinto-me muito bem e estou muito feliz.
– Com três anos, a Luz deve ser uma grande companheira…
– Sim, faz imensa companhia. Fazemos programas juntas, adora imitar-me, calçar os meus sapatos de salto alto, pôr batom, enfim… E eu deixo-a fazer isso tudo: se até eu sou muito vaidosa, não posso queixar-me de ela o ser.
– É uma mãe permissiva ou impõe regras?
– Gosto que as regras sejam cumpridas, sou muito rigorosa. Por vezes fico com dúvidas se estarei a agir bem, mas acho que as regras são fundamentais para a nossa estabilidade, auto-estima e confiança. Acho que a criança precisa de limites impostos pelos pais para ganhar segurança e auto-estima, que são importantes para a vida futura. Preparo a Luz para o mundo real, não crio ilusões. Mas também lhe dou muito mimo.
– Está de tal maneira satisfeita com a experiência da maternidade que gostava de ter já outro filho…
– Sim, gostava de ter mais dois filhos… O ideal era voltar a ser mãe até aos 35 anos, para que os meus filhos não tivessem grande diferença de idades. No entanto, a vida já me ensinou que as coisas muito planeadas não resultam. Por isso, vivo muito o dia-a-dia, e depois logo se vê. Quando sentir vontade e se se proporcionar, terei outro filho, até porque quero dar um irmão à Luz, sem dúvida.
– E também se quer casar de véu e grinalda?
– Gostava de um dia me casar, e, quando o fizer, vai ser à séria, com tudo a que tenho direito!
– Sente-se mais confortável na pele de uma mulher sensual ou na de uma adolescente descontraída?
– Pergunta difícil… Não me sinto confortável na pele de uma mulher sensual, sou muito envergonhada. Posso até ter um ar frio e distante e ser um pouco brusca a falar, mas é tudo uma defesa. Talvez me sinta melhor na pele de menina. Ou, melhor, sou uma menina-mulher, porque também tenho um lado muito responsável no meu papel de mãe e de profissional. Levo tudo muito a sério, tento não falhar e sou muito perfeccionista. Depois, tenho um lado infantil, de precisar de protecção, de querer mimos dos amigos e da família…
– Que arma de sedução prefere usar, o sorriso ou o olhar?
– Acho que o olhar, mas o sorriso às vezes também… Talvez o conjunto. Acho que tenho um sorriso envergonhado nesses momentos. [risos] Se calhar, uso o olhar de mulher e o sorriso de menina.