O renovado e imponente Palácio do Freixo, no Porto, serviu de cenário a uma sessão fotográfica com
Sónia Araújo. Aos 38 anos – faz 39 ainda este ano -, a apresentadora dos programas da RTP Praça da Alegria e Família Família mostra-se feliz e realizada e faz um balanço muito positivo dos quase dez anos de casamento com o empresário
Vítor Martins, de quem tem três filhos:
Carolina, de seis anos,
Francisco e
Tomás, de seis meses.
– Depois de 13 anos nas manhãs da RTP, foi convidada para ‘tomar conta’ também das noites de sexta-feira, o que implica uma ida semanal a Lisboa. Tem sido difícil gerir a vida familiar com tanto trabalho?
Sónia Araújo – Antes dos gémeos nascerem tive as sextas-feiras ocupadas com o programa Luar, da TV Galiza, que me obrigava a ir a Santiago de Compostela, portanto, a gestão da vida familiar vai ser semelhante. Na verdade, uma mãe não está preparada para deixar os filhos. Tentamos sempre adiar ao máximo o regresso à vida activa, mas tenho consciência de que o meu trabalho tem de continuar. Se pudesse, ficava o dia todo a cuidar deles, mas nem sempre é possível. Tenho de me organizar de forma a que não sintam muito a minha ausência. Fico completamente descansada porque eles estão em casa, e são bem cuidados. Às sextas-feiras, sempre que vou a Lisboa, ficam com os meus pais, porque o Vítor vai comigo. Já quando ia a Espanha, ele acompanhava-me. Reservamos esses momentos para os dois e é bastante importante.
– A Carolina foi filha única até aos seis anos. Como está a lidar com os irmãos?
– Muito bem, adora-os! Brinca muito com eles e eles deliram com as macacadas dela. No Verão, sentimos que teve alguns ciúmes, mas agora anda muito ocupada com a escola e está mais autónoma. Sinto que ela cresceu e sabe que o espaço dela não foi invadido. Continua a ter as coisas dela e a mesma atenção dos pais, portanto, creio que não está a sofrer com a vinda dos irmãos. Ela participa em tudo e quer sempre ajudar. O Francisco e o Tomás são muito estimulados por ela e acho que vão crescer mais depressa graças a isso. É muito querida e tem um papel muito importante na família.
– É diferente cuidar de rapazes?
– Para já, é tudo igual. As brincadeiras são as mesmas nos bebés de seis meses. Mas quando quiserem jogar à bola ou pedirem brinquedos de rapazes, vai ser diferente. Noto mais na compra das roupas. Estou a adorar ter bebés rapazes, porque há roupas muito giras.
– Fisicamente são diferentes ou quem não os conhecer pode confundi-los?
– Distinguem-se perfeitamente. Quando eram mais pequeninos, a Carolina distinguia-os pela cor da chupeta, mas agora não precisa. São muito bem-dispostos, pouco chorões e calmos.
– E o Vítor, como se está a dar no papel de pai de rapazes?
– Ele adora ser pai e está completamente à vontade com meninos e meninas. É uma grande ajuda.
– Fazem dez anos de casados no próximo ano. Agora, com três filhos, a vossa relação está ainda mais cimentada?
– Os nossos laços estão cada vez mais fortes. Ao longo destes dez anos de casamento, a nossa relação tem sido linear e os filhos são a celebração da nossa felicidade. Olhando para trás, parece que foi ontem que nos casámos, mas é verdade que passaram dez anos e estamos muito orgulhosos do que construímos.
– No próximo ano, também completará 40 anos. Como se sente?
– Não tenho medo de envelhecer. Sinto-me melhor e mais realizada agora, como mulher e profissional, do que quando tinha 20 anos. Acho que tenho vivido as coisas na altura certa e tudo a seu tempo. Confesso que não me imaginava com três filhos nem com gémeos, mas a verdade é que também não faço planos a longo prazo. Tento viver a curto prazo, mas de forma serena.
– Costuma fazer balanços de final de ano?
– Não muito. Faço-os mais ao final de cada dia. Às vezes chego ao fim do dia muito zangada comigo própria porque as coisas não correram bem ou por achar que poderia ter feito algo melhor. Gosto de chegar à noite com a certeza de que dei o meu melhor. Sinto sempre que posso fazer melhor.
– É muito exigente consigo própria?
– Sou! Acho que devemos dar o nosso melhor em tudo, e isso só acontece se o exigirmos a nós próprios.
– Tem uma nova cor de cabelo. Gosta de mudar de visual?
– Fui loira durante muito tempo, mas agora sou fiel aos castanhos. Este novo tom – castanho picante – vem no seguimento do trabalho que tenho desenvolvido com a Garnier. Para mim, é óptimo mudar, apesar de não serem mudanças radicais.
– Então nunca teve vontade de mudar radicalmente de visual?
– Tenho muitas vezes vontade de fazer cortes de cabelo radicais, mas tenho medo de me arrepender. Por outro lado, tenho uma imagem bem marcada na televisão, a que eu também já me habituei, e tenho algum receio de arriscar. O máximo que mudo é na cor, mas no corte não posso ser radical. Não consigo cortar o cabelo acima dos ombros, por exemplo. Claro que também me canso da minha imagem e enquanto nuns dias sei como quero o cabelo, noutros entrego-me nas mãos da cabeleireira do programa.