Quando aparecem num evento,
Paulo Pires e
Astrid Werdnig sobressaem sempre pela sua beleza e elegância, mas, sobretudo, pela cumplicidade que evidenciam ter um com o outro. Casados há dez anos, a terapeuta familiar, professora de filosofia e manequim e o ator têm mais semelhanças do que diferenças, tendo ambos a mesma prioridade: proporcionar uma vida feliz e equilibrada à filha,
Chloë, de seis anos.
Agora que terminou as gravações da novela "Meu Amor", o ator aceitou o convite do empreendimento Lux Tavira Residence, na Luz de Tavira, para desfrutar com a família, durante um fim de semana, do melhor que aquela região do Sotavento algarvio tem para oferecer. E foi durante esses dias de descanso que a CARAS falou com o casal sobre a sua vida familiar e os projetos para o futuro.
– Acredito que aproveite ao máximo estes dias em família, longe do trabalho…
Paulo Pires – Sim… Quando temos uns dias livres ou estamos de férias, gostamos de viajar, de descobrir novos lugares, alguns deles inesperados, com menos pessoas, como esta zona. Nos últimos anos temos vindo para aqui, que é mais desafogado e tem praias com muita qualidade. Tivemos o convite para este fim de semana e é de facto um prazer aqui estar, porque, apesar de conhecermos esta zona, há sempre coisas para descobrir. É um sítio muito bonito, com menos turistas e com praias ótimas.
– Como é que tem sido conciliar uma carreira na representação, que não tem horários e que o obriga, por vezes, a ir gravar para longe de casa, com uma vida familiar?
– É difícil, mas acabamos por ter algumas benesses que as outras pessoas não têm, como ter um dia livre durante a semana e poder fazer uma surpresa à Astrid e à Chloë. E talvez por isso nos tenhamos habituado a não fazer planos a longo prazo. Eu não tenho menos tempo do que uma pessoa que trabalha num horário normal. Se numas alturas estou mais ausente, noutras estou mais presente.
– Essa vida sem grandes planos nem horários também impede que um casal se instale na rotina…
– Sim, se bem que quando há uma irregularidade tão constante também acaba por ser uma rotina e ficamos cansados de não conseguir planear. Mas, de uma forma geral, acho que é mais estimulante viver assim.
Astrid Werdnig – Quando o Paulo tem uma ideia para mudar de sítio ou algo do género, ficamos os dois entusiasmados. Habituamo-nos facilmente a isso.
– E para quem estava habituado a viajar pelo mundo e a morar em vários sítios, como é que foi adaptarem-se à rotina de uma criança e de uma família?
– A Chloë entrou no nosso ritmo de vida desde que nasceu. Ela tinha três semanas de vida e foi para o Brasil connosco e só voltou com cinco meses.
Paulo – E a minha filha gosta imenso deste tipo de vida!
– A dinâmica agora é sempre a três ou há tempo só para os dois?
– Há várias dinâmicas. Temos o nosso espaço individual, cada um com o seu trabalho, depois temos dinâmicas a três e a dois.
Astrid – O segredo de uma família feliz é ter uma vida equilibrada, com o lado familiar, de casal, profissional…
Paulo – E a dinâmica do casal não exige esforço. Aliás, é uma necessidade que todos os casais têm. Nós temos as nossas escapadelas, idas ao cinema, saídas à noite… E muitas vezes, quando a saída não acaba tarde, a Chloë vem connosco a um jantar de amigos, por exemplo.
– Em entrevistas anteriores, já responderem que não seria um problema a Chloë ser filha única…
– Nós não decidimos que ela seja filha única. Como não planeamos demasiado, ainda não tivemos outro filho. Até agora foi assim, mas pensamos em ter outro filho… E se ela for filha única, também não há problema nenhum, mas um irmão é uma companhia para a vida.
Astrid – O Paulo diz sempre que quando um homem e uma mulher estão juntos isso pode acontecer. [risos]
– Sempre que estão em pú-blico, parecem ser muito cúmplices, mas acredito que também sejam muito diferentes em várias coisas…
Paulo – Eu e a Astrid somos muito parecidos na forma de ver o mundo, e é isso que nos mantém juntos. Também temos gostos em comum, os nossos valores são basicamente os mesmos.
Astrid – O meu marido tem uma maneira de estar no mundo fantástica. O sentido de justiça dele… É uma pessoa com valores, e é isso que adoro nele. O Paulo é uma pessoa fantástica.
Paulo – A Astrid tem sempre uma visão muito clara das coisas.
Astrid – Eu sou mais uma teórica e o Paulo mais prático.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.