Quando era mais nova, Mariana Alvim sonhava ser escritora e trabalhar em rádio. Tinha também a ambição de se casar e de ser mãe, mas esses eram desejos a mais longo prazo. Determinada e com um profissionalismo invejável, acabou por alcançar mais cedo do que previa todos esses sonhos. Locutora da RFM, escritora de guiões para novelas e autora de um livro juvenil, aos 32 anos é casada com o empresário Tiago Soares Ribeiro, que apelida de ‘supermarido’, tem um filho de cinco anos, Vasco, e será mãe de novo, a qualquer momento, de outro rapaz, Diogo.
Mariana Alvim
Mike Sergeant
– Pode dizer-se que está próxima da realização plena enquanto mulher, mãe e profissional?
Mariana Alvim – Sem dúvida. Estou numa ótima fase da minha vida.
– Foi mãe mais cedo do que tinha pensado…
– Sempre achei que só ia casar-me depois dos 30 e que ia fazer muitas maluquices, mas apaixonei-me muito mais cedo do que isso… Aos 24 casei-me e aos 27 fui mãe. E eu, que não era nada lamechas, de repente tive um filho e tornei-me pirosa, chamo-lhe Pinguim [risos]. Hoje, aos 32, estou mais mulher, muito feliz e cada vez mais realizada. Se pudesse voltar atrás, fazia tudo igual.
– E o seu segundo filho está quase a nascer… O Vasco está contente por ir ter um irmão?
– Brinca muito com a bola que é a barriga, mas parece-me que está um pouco receoso. Está sempre a dizer que gosta muito do pai e da mãe [risos].
– Consegue gerir facilmente a sua vida pessoal com a de locutora e escritora?
– Trabalhei sete anos em marketing, mais de doze horas por dia. Agora, mesmo trabalhando à noite, consigo ter horários mais civilizados.
Mariana Alvim
Mike Sergeant
– E certamente tem ajuda do seu marido…
– Tenho um supermarido, que me ajuda imenso, emocional, física e logisticamente. Mas não posso exagerar nos elogios ou começam a aparecer as fãs [risos].
– A mudança para a rádio foi perfeita: passou a trabalhar menos horas e concretizou um sonho…
– Sim, completamente. Desde a faculdade que tinha o sonho da rádio. Mas nessa altura fui fazer um estágio numa empresa de marketing e acabei por ficar. Mais tarde decidi largar o marketing por uma paixão ainda mais antiga, que é a escrita. Os meus pais assustaram-se um pouco. Fui escrever guiões para novelas. Ao mesmo tempo, surgiu um casting na RFM para substituir a Carla Rocha, que tinha engravidado. E eu fui a feliz vencedora! Conciliei então dois empregos e dois sonhos, a escrita e a rádio. E fui tão boa aluna do curso da Carla que dois anos depois me convidaram a ficar.
– Entretanto, lançou-se na escrita juvenil…
– Sim, a protagonista é uma rapariga muito magrinha, que tem como apelido Fininho e como alcunha Fininha. Eu, quando era adolescente, era feia de magra, e isso pode ter servido de inspiração, mas não há aqui nada autobiográfico. É uma rapariga de 15 anos que tem um irmão de 18 e outro de quatro. Aí, sim, o miúdo de quatro anos serve um pouco para contar histórias giras do meu filho. E é uma história sem artefactos, varinhas mágicas ou bruxas. É a realidade dos jovens de hoje, dos jovens e das famílias.